Sessão Assíncrona


SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)

42311 - CONTINUIDADE DAS AÇÕES PRÓPRIAS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM MUNICÍPIOS BAIANOS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
AMANDA MARIA VILLAS BÔAS RIBEIRO - ISC/UFBA, ANA LUIZA VILASBOAS QUEIROZ - ISC/UFBA, ITALO RICARDO SANTOS ALELUIA - UFRB, CRISTIANE ABDON NUNES - ISC/UFBA, ROSANA AQUINO GUIMARÃES PEREIRA - ISC/UFBA, CAMILA DE JESUS FRANÇA - IMS/UFBA, NILIA MARIA DE BRITO LIMA PRADO - IMS/UFBA, MARCIGLEI BRITO MORAIS - ISC/UFBA, BARBARA EMANUELY DE BRITO GUIMARÃES SANTOS - IMS/UFBA


Apresentação/Introdução
A pandemia de Covid-19 impôs aos sistemas de saúde a reorganização das ações e serviços e a execução de novas estratégias para enfrentá-la e promover a continuidade do cuidado. A Atenção Primária à Saúde, como ordenadora dos serviços, foi imprescindível para atenuar a interrupção dos serviços que poderiam implicar em barreiras de acesso, agudização de quadros crônicos e ampliação da morbidade.

Objetivos
Analisar a continuidade das ações próprias da Atenção Primária à Saúde (APS) no cenário da pandemia por Covid-19 em três municípios baianos.

Metodologia
Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório em três municípios do estado da Bahia. Foram realizadas 44 entrevistas semiestruturadas com profissionais da Atenção Primária à Saúde e análise de documentos institucionais relativos ao enfrentamento da Covid-19 no período de julho de 2021 a março de 2022. O processamento e análise dos dados foram realizadas por meio do software Iramuteq versão 0.7 alpha 2, a partir das dos critérios da continuidade do cuidado que compõem o modelo de atenção primária para o enfrentamento da pandemia. O estudo é parte do Projeto de pesquisa “APS e Vigilância em Saúde na Pandemia da Covid-19 no Brasil/Projeto Observa Covid” financiado pelo CNPq.

Resultados
A crise sanitária resultou na interrupção de ações programáticas nas Equipes de Saúde da Família investigadas. Houve continuidade da vacinação de rotina e da dispensação de medicamentos. Visitas domiciliares, ações do NASF, atendimento odontológico, consultas a usuários com doenças crônicas e as atividades coletivas foram descontinuadas nos primeiros meses de 2020 e reduzidas ao longo da primeira e segunda ondas. Evidenciou-se dificuldades no provimento da atenção continuada , inadequação na infraestrutura e no dimensionamento de pessoal em saúde ante demandas existentes e emergentes. O telemonitoramento e a teleconsulta tiveram papel estratégico para continuidade do cuidado.

Conclusões/Considerações
Observaram-se fragilidades na oferta das ações próprias da APS e a necessidade de garantir condições de infra-estruturais e provimento de profissionais, além do fortalecimento de ações de base territorial como estratégias para a extensão e continuidade do cuidado. A reorganização das ações em busca de operacionalizar os atributos da atenção primária é essencial para garantir o direito à saúde da população no contexto das crises sanitárias.