SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)
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42124 - ARTICULAÇÕES PARA O ENFRENTAMENTO DA COVID-19 NO CONTEXTO DE POPULAÇÕES ESPECÍFICAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE DO PARANÁ ROSANE SOUZA FREITAS - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ, LUCIMAR PASIN DE GODOY - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ, ELAINE CRISTINA VIEIRA DE OLIVEIRA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ, MARIA GORETTI DAVID LOPES - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
Período de Realização Início em 2020, momento que a Organização Mundial da Saúde decretou emergência de saúde pública.
Objeto da experiência A pandemia de COVID-19 tornou-se objeto de discussão global devido aos impactos gerados na área da saúde.
Objetivos -Promover a articulação intra e intersetorial;
-Ampliar as discussões sobre o princípio da equidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);
-Publicizar as estratégias do Paraná para o enfrentamento da Covid-19 no contexto de populações específicas em situação de vulnerabilidade.
Metodologia A Secretaria de Estado da Saúde atuou na gestão e execução de medidas, de modo oportuno, para o enfrentamento da Covid-19, inclusive para populações específicas, dentre elas a privada de liberdade, em situação de rua, indígena, cigana, negra, do campo e das águas. Documentos foram elaborados para nortear a tomada de decisões, e reuniões virtuais tornaram-se instrumentos fundamentais, promovendo discussões e alinhamento de estratégias para prevenção da doença, manejo de surtos e vacinação.
Resultados No Decreto nº 4881/2020 o Paraná incluiu os povos e comunidades tradicionais como grupo de risco da Covid-19. O Plano de Contingência assegurou ações para fortalecer as articulações intra e intersetoriais destinadas ao cuidado em saúde destes grupos. Foi construída nota orientativa sobre manejo de surto em unidades prisionais, realizada a distribuição de máscaras para povos e comunidades tradicionais, e testes rápidos de antígeno para uso em aldeias indígenas e unidades prisionais.
Análise Crítica Condições sanitárias inadequadas, dificuldade de manter distanciamento físico, insegurança alimentar, falta de moradia, limitações para geração de renda, vias de acesso às comunidades precárias, contribuíram para a maior exposição de populações específicas à contaminação da Covid-19. É fundamental a garantia do princípio da equidade no SUS, visto que as especificidades das condições de vida, o contexto histórico, social, cultural, e as singularidades das pessoas impactam na situação de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações O contexto da pandemia acentuou as desigualdades sociais e a necessidade do acesso ao SUS. Reconhecer as diferenciações sociais e respeitar as singularidades dos grupos possibilita a oferta de um cuidado humanizado e a garantia da equidade em saúde. As ações estratégicas desenvolvidas com o olhar ampliado para as populações específicas são fundamentais para a efetivação do acesso à saúde como um direito universal.
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