Sessão Assíncrona


SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)

41800 - CONHECIMENTO DOS FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE COLO UTERINO NO CONTEXTO DE PANDEMIA POR COVID-19
FRANCISCO VALDEMIR NASCIMENTO DE MELO - UNIFAMETRO, FRANCISCO ARICLENE OLIVEIRA - UFC, FRANCISCO RAIMUNDO SILVA JUNIOR - UFC, ALANA RÉGIA MATIAS COUTO - UNIFAMETRO, FRANCIMARA SILVA SOUSA - FAC, MARCIA MARIA TAVARES MACHADO - UFC


Apresentação/Introdução
O câncer do colo do útero é caracterizado pelas alterações celulares no colo uterino, e com a evolução natural da doença, pode se infiltrar nos tecidos adjacentes e até mesmo invadir órgãos, caso não seja diagnosticado em sua fase inicial e tratado. A causa mais prevalente se dá pela infecção persistente do papilomavírus humano, uma infecção sexualmente transmissível.

Objetivos
Identificar o conhecimento dos fatores de risco e medidas de prevenção do câncer de colo uterino por usuárias da Atenção Primária à Saúde no contexto da pandemia por COVID-19.

Metodologia
Estudo com delineamento transversal, adotando-se as recomendações estabelecidas pelo Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology – STROBE. A investigação envolveu a participação de 103 mulheres, de 25 a 64 anos, atendidas nas Unidades de Atenção Primária à Saúde de Fortaleza em consultas de prevenção para câncer de colo de útero, no período de 20 a 30 de outubro de 2021. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de um formulário, composto com 22 perguntas objetivas, disponibilizado na plataforma do Google Forms: Free Online Surveys for Personal Use. O link de acesso ao formulário foi compartilhado por meio de aplicativos de mensagens instantâneas.

Resultados
Sobre a percepção das mulheres acerca dos fatores de risco para desenvolvimento do câncer de colo uterino, foram reportados os seguintes: i) Não tratamento de lesão no colo uterino (90,2%); ii) Relação sexual com parceiros infectados pelo vírus HPV (81,5%); iii) Sexo com vários parceiros(as) (66,0%); iv) Tabagismo (58,2%); v) Início da vida sexual precoce (45,6%); vi) Uso de anticoncepcional hormonal (43,65). Acerca do acesso ao exame Papanicolau, antes e durante a pandemia por COVID-19, verificou-se que 70,5% nunca encontrou dificuldade para agendar e realizar o exame; durante a pandemia, 80,0% das participantes não procuram a unidade para realizar o exame preventivo.

Conclusões/Considerações
Observou-se que a pandemia por COVID-19 impactou na realização do exame Papanicolau, haja visto que a maioria das participantes informaram não ter procurado uma unidade de saúde para realização da coleta citopatológica. Os principais motivos de não realização do exame preventivo na pandemia foram: a unidade suspendeu a coleta; falta de materiais para realizar o procedimento e medo de se contaminar pelo COVID-19.