SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)
|
41108 - TEMPO DE TELA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: UM ESTUDO ENTRE OS PARTICIPANTES DA “REDE COVIDA: CIÊNCIA, INFORMAÇÃO E SOLIDARIEDADE” ROGÉRIO TOSTA DE ALMEIDA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA / REDE COVIDA - CIÊNCIA, INFORMAÇÃO E SOLIDARIEDADE, CAROLINA GOMES COELHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS / REDE COVIDA - CIÊNCIA, INFORMAÇÃO E SOLIDARIEDADE, MARIA DA CONCEIÇÃO CHAGAS DE ALMEIDA - INSTITUTO GONÇALO MONIZ – FIOCRUZ / REDE COVIDA - CIÊNCIA, INFORMAÇÃO E SOLIDARIEDADE, YADIRA MOREJÓN TERÁN - SCAALA - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA / REDE COVIDA - CIÊNCIA, INFORMAÇÃO E SOLIDARIEDADE, FLÁVIA BULEGON PILECCO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS / REDE COVIDA - CIÊNCIA, INFORMAÇÃO E SOLIDARIEDADE, ANA LUÍSA PATRÃO - UNIVERSIDADE DO PORTO (PORTUGAL) / INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA (BRASIL) / REDE COVIDA - CIÊNCIA, INFORMAÇÃO E SOLIDARIEDADE, ESTELA M. L. AQUINO - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA / REDE COVIDA - CIÊNCIA, INFORMAÇÃO E SOLIDARIEDADE
Apresentação/Introdução O uso intensivo de tecnologia digital tem aumentado o comportamento sedentário (CS), relacionado a doenças crônicas não transmissíveis. Muito estudado em crianças e adolescentes, é pouco investigado em adultos, especialmente entre pesquisadores. A pandemia de COVID-19, com a recomendação do “fique em casa” e o trabalho on-line, pode ter agravado tal cenário, justificando o presente estudo.
Objetivos Mensurar o tempo de tela semanal trabalhando ou estudando e no lazer ou tempo livre, e analisá-lo segundo as características sociodemográficas e ocupacionais entre pesquisadores e outros profissionais da Rede CoVida, durante a pandemia.
Metodologia Estudo transversal com integrantes da Rede CoVida. Em julho/2021, os dados foram produzidos com a autoaplicação de questionário anônimo online, incluindo características sociodemográficas, ocupacionais, o tempo de tela antes e durante a pandemia e o tempo médio diário em horas, gasto no último mês em frente a uma tela (celular, computador, TV, notebook ou outra) em dias úteis e no final de semana, quando estava trabalhando/estudando (TTRAB) e no tempo livre/lazer (TLAZ). Critérios de normalidade e medidas de tendência central e de dispersão de TTRAB e TLAZ foram observados. Utilizou-se os testes Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para comparação entre os grupos, considerando-se valor de p≤0,05.
Resultados Entre os 254 elegíveis, 214 (84,2%) responderam o questionário, com um pouco mais de mulheres (56,3%). A Rede CoVida tem composição intergeracional, com participação expressiva de pardos e pretos (55,5%). 96% relataram o aumento no tempo de tela durante a pandemia. A mediana de horas semanais variou entre 5 e 9 horas no TTRAB e de 2,5 a 4,5 horas no TLAZ, sendo maior entre aqueles com 18 a 29 anos, menor escolaridade, não casados e sem filhos. O TTRAB foi maior entre os/as autodeclarados/as pretos/pardos e que não estavam aposentados/as; bolsistas ou pessoas com outras ocupações, comparados com funcionários públicos, usaram menor tempo de tela semanal no lazer (TLAZ).
Conclusões/Considerações Registrou-se a percepção de aumento do tempo de tela durante a pandemia. A exposição a tecnologias digitais no trabalho/estudo e/ou no tempo livre/lazer por pessoas adultas varia a depender de fatores sociodemográficos e ocupacionais. Portanto, para maior sucesso no desenho de intervenções de promoção da saúde, as recomendações e abordagens educacionais para a redução e controle do tempo gasto em tela precisam considerar essas diferenças.
|
|