Sessão Assíncrona


SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)

41090 - ACESSO À ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA APÓS INTERNAÇÃO HOSPITALAR POR COVID-19
KÁTIA SUELY QUEIROZ SILVA RIBEIRO - UFPB, FELLÍCIA FERREIRA DA MOTA - UFPB, JOÃO AGNALDO DO NASCIMENTO - UFPB, NATASHA SELEIDE RAMOS DE MEDEIROS - UFPB, RAFAELA RAULINO NOGUEIRA - UFPB


Apresentação/Introdução
Pessoas internadas com COVID-19 costumam demandar assistência fisioterapêutica. Após a alta, muitas apresentam sequelas, necessitando de continuidade dos cuidados fisioterapêuticos, no entanto, na fase inicial da pandemia muitos serviços especializados tiveram suas atividades suspensas, comprometendo o acesso a estes cuidados.

Objetivos
Analisar a acessibilidade à assistência fisioterapêutica por pacientes que tiveram COVID-19 na primeira onda da pandemia.

Metodologia
Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, realizado no estado da Paraíba, utilizando informações de setenta indivíduos que tiveram COVID-19 e receberam alta de um hospital universitário, os quais foram entrevistados por ligação telefônica. A análise dos dados sobre acessibilidade foi organizada conforme o fluxo de eventos proposto por Frenk (1992), quais sejam: necessidades de saúde; desejo de obter cuidados de saúde; procura pelo serviço de saúde; entrada no serviço; continuidade do cuidado.

Resultados
A maioria dos sujeitos (82,9%) relatou algum tipo de queixa ou limitação após a alta hospitalar; 54,3% revelaram desejo de obter essa assistência, entretanto, 32,9% buscaram o serviço, e apenas 20% tiveram acesso ao atendimento fisioterapêutico, mediante pagamento ao profissional. Os principais sintomas relatados foram fraqueza muscular, perda de movimento e de equilíbrio (48,6%); desânimo ou cansaço (41,4%); e dificuldade para respirar (22,9%). Salienta-se que muitos dos sujeitos (44,7%) não receberam encaminhamento para a fisioterapia por ocasião da alta.

Conclusões/Considerações
Após a alta hospitalar, os sujeitos tiveram dificuldades em obter acesso aos serviços de fisioterapia. Uma minoria conseguiu receber essa assistência, mas isso ocorreu mediante pagamento pela atenção domiciliar. Destaca-se o impacto das sequelas na vida dessas pessoas, muitas vezes gerando incapacidades permanentes e a necessidade de reestruturação na rede de atenção, garantindo a continuidade do cuidado após a alta hospitalar.