Sessão Assíncrona


SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)

40934 - VIGILÂNCIA E PROTEÇÃO À SAÚDE DE TRABALHADORES DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA NA PANDEMIA PELA COVID-19
PALOMA DE CASTRO BRANDÃO - UFBA, MARIANE TEIXEIRA DANTAS FARIAS - UFBA, IRACEMA VITERBO SILVA - UFBA, ISABELA CARDOSO DE MATOS PINTO - UFBA


Apresentação/Introdução
o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) presta atendimento pré-hospitalar com grande relevância no âmbito do Sistema Único de Saúde por abranger casos de urgência de todas as complexidades. O enfrentamento da pandemia pela COVID-19, a alta transmissibilidade e o crescimento dos óbitos alertaram para a necessidade de implantar ações de vigilância à saúde dos trabalhadores.

Objetivos
descrever as estratégias de vigilância, e de proteção da saúde e redução dos riscos relacionados à exposição dos trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência na pandemia pela COVID-19.

Metodologia
trata-se de estudo descritivo e de corte transversal vinculado a um projeto maior intitulado: “Análise de Modelos e Estratégias de Vigilância em Saúde da Pandemia da COVID-19”, financiado pelo CNPq. A coleta deu-se entre agosto e novembro de 2021 com aplicação de formulário semi-estruturado, gerenciado pela ferramenta da web Crowdsignal/Surveys, aplicado aos trabalhadores das equipes de Unidades de Suporte Básico e de Unidades de Suporte Avançado de Vida do SAMU na cidade de Salvador, Bahia. Em seguida, os dados foram organizados em planilha do Microsoft Exel e analisados pelo pacote estatístico Stata 13, processando-se as frequências absolutas e relativas.

Resultados
a amostra de pesquisa foi composta por 140 trabalhadores, dentre os quais 39,01% eram enfermeiros, 24,92% técnicos de enfermagem, 21,99% condutores de veículo de urgência e 13,48% médicos. Houve predomínio do sexo feminino (60,56%), pardos (59,86%) e do grupo etário entre 35 a 45 anos (52,48%). Evidenciou-se ausência de mudança ou adaptação física no local de trabalho (71,43%), ausência de mudanças nas formas organizativas do processo de trabalho (49,62%), parcialidade na disponibilização de equipamentos de proteção individual (72,34%) e ausência de ações ou estratégias de vigilância durante a pandemia (56,74%).

Conclusões/Considerações
ações de vigilância e a proteção dos trabalhadores do SAMU se deu de forma parcial, frente à exposição aos riscos inerentes ao período do enfrentamento da Pandemia pela COVID-19. Esta pesquisa elucida fatores importantes para ações futuras e necessárias em cenários similares em que os trabalhadores de saúde estejam expostos a riscos biológicos, sendo necessário maior planejamento da gestão para enfrentamento de situações que envolvam crises sanitárias.