SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)
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40886 - AS TRANSFORMAÇÕES NO PROCESSO DE TRABALHO NAS UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS) EM DECORRÊNCIA DA PANDEMIA ADILSON ROCHA CAMPOS - UNICAMP, ANA CAROLINA DINIZ ROSA CÓMITRE - UNICAMP, BRUNA MAIARA MELO DE PAULA - UNICAMP, GASTÃO WAGNER DE SOUSA CAMPOS - UNICAMP, ALINE MESSIAS MOTA - UNICAMP, ANDRÉ PIMENTA DE MELO - UNICAMP, BRUNA JANDOSO - UNICAMP, BRUNA RODRIGUES NEVES - UNICAMP, CLAUDIA REGINA CAMPOS RODRIGUES - UNICAMP, FELIPE GUEDES - UNICAMP
Apresentação/Introdução O presente trabalho é parte de estudo multicêntrico sobre a atuação da APS em três cidades durante a pandemia. A APS busca garantir acesso universal e ser referência de cuidados à saúde para a população. Sua atuação no enfrentamento da pandemia foi modulada por orientações para seu funcionamento, que modificaram o processo de trabalho com repercussões para trabalhadores e usuários.
Objetivos Descrever as modificações ocorridas no processo de trabalho em quatro unidades de APS do município de Campinas/SP durante a pandemia de COVID-19.
Analisar suas repercussões para trabalhadores e usuários da APS.
Metodologia Trata-se de estudo qualitativo desenvolvido em quatro unidades de APS de Campinas que adotou como recurso metodológico o levantamento das normativas emitidas pela Secretaria Municipal de Saúde durante a pandemia, diários de campo com relatos da observação-participante de pesquisadores e entrevistas em profundidade com profissionais e usuários. As entrevistas foram transformadas em narrativas que foram compostas em grades interpretativas e em seguida sintetizadas para análise e interpretação das informações. Todo o material produzido passou por espelhamento, mediante triangulação de dados. A análise e interpretação dos dados será baseada no referencial do Método Apoio (Campos, 2000).
Resultados Resultados preliminares mostram que houve restrições do acesso de usuários a todas atividades de rotina, inclusive atendimentos individuais e em grupo, implantação da prática de triagem e assistência assemelhada a pronto atendimento, impossibilitando a prática da clínica ampliada. Trabalhadores de grupos de risco foram afastados da assistência para atividades remotas levando a sobrecarga para os demais trabalhadores. Houve dificuldades iniciais para acesso a EPIs. Reuniões de equipe restritas a informes. A vacinação no início ocorreu em centros de imunização e em seguida nas unidades da APS; o agendamento pela internet dificultou o acesso aos usuários mais vulneráveis.
Conclusões/Considerações As mudanças no funcionamento da APS foram reguladas por orientações emitidas pelos gestores de acordo com evolução da pandemia. Houve prejuízo para os usuários no acesso e na integralidade da atenção, que era prestada por número reduzido de trabalhadores que passaram a sentir os efeitos da sobrecarga de trabalho e do medo do próprio adoecimento enquanto assistiam à descaracterização dos objetivos da estratégia de saúde da família e da APS.
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