Sessão Assíncrona


SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)

40878 - OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19 EM MINAS GERAIS
CECILIA NOGUEIRA REZENDE - UFMG, DAISY MARIA XAVIER DE ABREU - UFMG, ROSÂNGELA DURSO PERILLO - UFMG, GABRIELA DÁRIO MENDES BARROS - UFMG, ALANEIR DE FÁTIMA SANTOS - UFMG, ANTÔNIO THOMAZ GONZAGA DA MATTA MACHADO - UFMG


Apresentação/Introdução
Os agentes comunitários de saúde (ACS) são reconhecidos como estratégicos nas ações da Atenção Primária à Saúde (APS) no combate à Covid-19. Sua ação envolve rastreamento de contatos, orientação sobre as formas de transmissão do vírus, sinais e sintomas da doença, medidas de proteção. Além disso, informam sobre a importância da vacina contra a Covid-19, motivando e aumentando a adesão à vacinação.

Objetivos
Caracterizar as ações desenvolvidas pelos ACS durante o primeiro ano da pandemia da Covid-19 em municípios do estado de Minas Gerais.

Metodologia
Trata-se de um survey realizado com os ACS de municípios do estado de Minas Gerais no período de outubro de 2020 a março de 2021. A aplicação foi realizada a partir do envio de um link por meio eletrônico às secretarias de saúde dos municípios mineiros que, por sua vez, encaminharam aos ACS em atuação no município. Quanto a amostra, ela foi do tipo intencional, composta por ACS de municípios mineiros de diferentes portes populacionais e estratos socioeconômicos. Os critérios de inclusão para a amostra foram ser profissional que atue na APS do município e consentir em participar da pesquisa. Participaram do estudo 142 ACS.

Resultados
A maioria dos ACS participantes foi de mulheres (81,7%), com predomínio para a faixa etária 36-45 anos (42,3%). Metade dos ACS tinha nível médio de escolaridade e cerca de 65% vínculo efetivo de trabalho. No manejo de casos suspeitos e confirmados de Covid-19, os ACS realizaram busca ativa, acompanhamento de casos suspeitos e também articulação com a Vigilância Epidemiológica, sendo que, para o acompanhamento de gestante com suspeita ou confirmada Covid-19, somente 36,2% dos ACS consideraram como atividade realizada. Atividades de rotina foram comprometidas, sendo que vacinação (76,9%) e pré-natal (65,4%) e dispensação de medicamentos foram as que mais se mantiveram.

Conclusões/Considerações
Os ACS atuaram no fluxo de atendimento aos pacientes com sintomas de Covid-19, realizando o acolhimento, monitoramento de sintomas e busca ativa. Quanto as atividades de rotina, os ACS mantiveram mais firmemente atividades como a vacinação e o pré-natal, mas outras ações ficaram comprometidas como a puericultura. É necessário estabelecer estratégias governamentais que reconheçam o protagonismo dos ACS para o enfrentamento da pandemia.