SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)
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40842 - ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL NUMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE SALVADOR NA PANDEMIA DA COVID-19 LORENA DE CARVALHO ALMEIDA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SALVADOR, BA, MAGNO CONCEIÇÃO DAS MERCÊS - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA, CAMPUS I, SALVADOR, BA, FERNANDA AMORIM HELFENSTEIN - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA, CAMPUS I, SALVADOR, BA
Apresentação/Introdução A pandemia da COVID-19 trouxe impactos na assistência pré-natal, aumentando a morbimortalidade materno-infantil. A Atenção Primária à Saúde, principal porta de entrada foi diretamente afetada por um cenário que precisava priorizar a assistência e dar conta de outras demandas que a infecção pelo vírus do SARS-CoV-2 trouxe, tornando evidente o enfrentamento da realidade local.
Objetivos Este estudo teve por objetivo analisar a assistência pré-natal oferecida às gestantes numa unidade de saúde da família do Distrito do Subúrbio Ferroviário do município de Salvador na pandemia da COVID-19, nos anos de 2020 e 2021.
Metodologia Foram utilizados os dados secundários disponíveis nas planilhas de acompanhamento pré-natal de uma unidade de saúde da família do Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário do município de Salvador, no período da pandemia, nos anos de 2020 e 2021. Optou-se por utilizar os dados de apenas uma das equipes de saúde, devido o não preenchimento de algumas informações na planilha. As variáveis estudadas, foram: faixa etária das gestantes, idade gestacional do início do pré-natal, classificação de risco, infecção e tratamento de sífilis e consultas realizadas. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva.
Resultados Nos anos de 2020 e 2021 foram acompanhadas de forma presencial 40 e 51 gestantes respectivamente, distribuídas em sua maioria na faixa etária de 20 a 34 anos, sendo 70% em 2020 e 80,4% em 2021. A maioria das gestantes iniciou o pré-natal com até 12 semanas (60% em 2020 e 56,9% em 2021) e realizaram mais de seis consultas (55% em 2020 e 66,7% em 2021). O alto risco gestacional foi classificado em 32,5% em 2020 e 31,4% em 2021, percentual superior ao esperado. O diagnóstico de sífilis na gestação ocorreu em 2,5% em 2020 e 3,9% em 2021, embora o tratamento não tenha ocorrido adequadamente neste último ano.
Conclusões/Considerações A unidade de saúde manteve a assistência pré-natal durante a pandemia, porém houve dificuldades para a iniciação precoce, continuidade do pré-natal e tratamento da sífilis, que pode estar relacionado ao medo das gestantes, a dificuldade de acesso às consultas e exames, e a não realização das visitas pelos Agentes Comunitários de Saúde; além disso, houve maior exposição das gestantes ao vírus, demonstrando a importância de estratégias locais.
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