Sessão Assíncrona


SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)

40716 - ARRANJOS E INOVAÇÕES NO ENFRENTAMENTO DA COVID: AÇÕES PARA POPULAÇÕES VULNERÁVEIS NOS MUNICÍPIOS E REGIÕES DE SAÚDE NO ESTADO DE SÃO PAULO
CARLOS ROBERTO DE CASTRO-SILVA - UNIFESP, LUMENA ALMEIDA CASTRO FURTADO - LASCOL/UNIFESP, GREICE HERÉDIA DOS SANTOS-MOURA - UNIFESP, DEBORAH NIMTZOVITCH CUALHETE - UNIFESP, ANDRÉ LUIZ BIGAL - LASCOL/UNIFESP, VALÉRIA MONTEIRO MENDES - LASCOL/UNIFESP, ARTHUR CHIORO - LASCOL/UNIFESP


Apresentação/Introdução
A pandemia de Covid-19 explicitou e amplificou distintos sofrimentos e iniquidades que historicamente invisibilizam populações em situações de vulnerabilidades, impondo aos gestores do SUS novos desafios. Analisar as experiências nas regiões assume importância ímpar dada as diferenças sanitárias, econômicas, sociais, demográficas e de acesso aos serviços de saúde

Objetivos
Realizar mapeamento dos arranjos de cuidado desenvolvidos por municípios de São Paulo voltados às populações em situações de vulnerabilidade, em resposta à pandemia de Covid-19

Metodologia
Investigação quali-quantitativa, do tipo estudo de casos múltiplos, desenvolvida por pesquisadores de instituições de ensino e parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP) e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-SP). Os dados foram coletados através de questionários para as Secretarias Municipais de Saúde (SMS) e Departamentos Regionais de Saúde (DRS). A análise foi do tipo estatística descritiva (software STATA) e exploratória (questões abertas). A amostra foi de 255 respondentes sendo 2/3 gestores e 1/3 assessores. A coleta de dados ocorreu entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022, foi aprovado pelo CEP da Unifesp e financiado pela Fapesp (PPSUS-2020)

Resultados
Apesar do baixo reconhecimento pelos municípios das populações em situações de vulnerabilidades, 11,76% declararam ter havido "auxílio emergencial próprio do município”. As outras ações identificadas se limitaram à manutenção de merenda escolar, oferta de cestas básicas/alimentos prontos e distribuição de insumos (álcool gel e máscaras) “para toda população”. 23,93% de gestores declararam não ter realizado nenhuma ação a estes grupos ou não sabiam informar se qualquer ação foi realizada, ainda 56,47% não referem ações em parceria com movimentos sociais. Evidencia-se um distanciamento das SMS e DRS com um restrito número de ações/articulações intersetoriais para o cuidado destes grupos

Conclusões/Considerações
Os resultados apontam um distanciamento por parte das SMS e DRS em relação às populações atravessadas por diferentes vulnerabilidades. Vale destacar que 27,06% dos municípios responderam realizar “outras ações” voltadas a estas populações. Apesar de não categorizadas previamente, podem fazer parte das invenções e arranjos de cuidado desenvolvidos