SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)
|
40707 - AUTOAVALIAÇÃO DE SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 EM MATO GROSSO LOUIS PEREIRA DA SILVA - UFMT, JULIANA ILÍDIO DA SILVA - UFMT, FLÁVIO DE MACEDO EVANGELISTA - UFMT, ANA CLÁUDIA PEREIRA TERÇAS TRETTEL - UNEMAT, ANA PAULA MURARO - UFMT, AMANDA CRISTINA DE SOUZA ANDRADE - UFMT
Apresentação/Introdução Com a propagação da covid-19 medidas de distanciamento e isolamento social foram adotadas, o que gerou efeitos sobre a saúde e bem-estar da população, visto que o ser humano é um ser sociável e depende desta para sentir-se bem e integrado ao meio. A autoavaliação da saúde é uma medida multidimensional de avaliação global da saúde, com base nos aspectos objetivos e subjetivos.
Objetivos Analisar a autoavaliação da saúde durante a pandemia de COVID-19 de adultos residentes em Mato Grosso conforme características sociodemográficas.
Metodologia Estudo transversal, de base domiciliar, realizado em dez municípios do estado de Mato Grosso de setembro a outubro de 2020. Foi selecionado um morador com 18 anos ou mais para responder a um questionário. A autoavaliação de saúde (AAS) foi avaliada pela pergunta “Em geral, durante a epidemia da COVID-19, como o(a) sr(a) avalia a sua saúde?” e dicotomizada em muito ruim/ruim e regular/boa/muito boa. As variáveis sociodemográficas foram sexo, faixa etária, escolaridade, situação de trabalho antes do início da pandemia e alteração da renda familiar durante a pandemia. Foi realizada análise descritiva dos dados e aplicado o teste Qui-Quadrado de Pearson.
Resultados Dentre os 3.882 entrevistados, 53,5% eram do sexo masculino, 42,5% da faixa etária de 30 a 49 anos, 41,9% com escolaridade até fundamental completo, 56,3% estavam trabalhando e 40,6% tiveram redução na renda familiar. A prevalência de AAS ruim foi de 6,3% (IC95%: 4,9; 8,1), sendo 7,6% no sexo feminino e 5,1% no masculino. AAS ruim foi de 5,7% entre aqueles de 18 a 59 anos e 8,2% entre os de 60 anos ou mais, e de 7,1% entre aqueles que tiveram redução da renda familiar e 5,4% entre os que não tiveram. A prevalência AAS ruim foi maior nos indivíduos de menor escolaridade (8,8% até o fundamental completo; 4,4% médio; 5,2% superior) e que não trabalhavam (8,5% versus 4,7%).
Conclusões/Considerações A autoavaliação de saúde ruim foi mais elevada entre os indivíduos de menor nível de escolaridade e que não trabalhavam antes do início da pandemia de COVID-19. As variáveis sexo, faixa etária e alteração da renda familiar durante a pandemia não se associaram significativamente com AAS ruim. As ações de promoção e recuperação da saúde devem priorizar os grupos sociais mais vulneráveis.
|