Sessão Assíncrona


SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)

40696 - ARRANJOS E INOVAÇÕES NO ENFRENTAMENTO DA COVID: AÇÕES DA GESTÃO NOS MUNICÍPIOS E REGIÕES DE SAÚDE NO ESTADO DE SÃO PAULO
ANDRÉ LUIZ BIGAL - UNIFESP, MARIANA PRADO FREIRE - USP, CLAUDIA MEIRELLES - COSEMS/SP, FERNANDO TURECK - UNIFESP, AMANDA DA CRUZ SANTOS VIEIRA - UNIFESP, ELAINE MARIA GIANNOTTI - UNIFESP, MARCELO DAYRELL - UNIFESP, MARÍLIA LOUVISON - UNIFESP, ROSEMARIE ANDREAZZA - UNIFESP, ARTHUR CHIORO - UNIFESP


Apresentação/Introdução
A emergência sanitária devido à pandemia da COVID-19 impôs aos gestores do SUS novos desafios. A alta taxa de transmissão, a prevalência de casos graves e fatais e o risco de colapso para o sistema exigiram planos de contingência. Analisar as experiências nas regiões assume importância ímpar dada as diferenças sanitárias, econômicas, sociais, demográficas e de acesso aos serviços de saúde

Objetivos
Analisar as produções, invenções e desafios na área de planejamento e gestão e regulação do SUS, implementadas pelas redes de atenção à saúde no Estado de São Paulo para o enfrentamento da pandemia da COVID-19

Metodologia
Trata-se de uma investigação do tipo estudo de casos múltiplos, com abordagem quali-quantitativa. Foram utilizados dois questionários semiestruturados a serem preenchidos pelos gestores municipais e estaduais/regionais de saúde no estado de São Paulo composto por questões fechadas e abertas. Os endereços de internet (link) para acesso aos questionários foram enviados por e-mail, cujo preenchimento foi precedido do aceite do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sendo a participação voluntária. O período de coleta de dados ocorreu entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP e conta com financiamento da FAPESP (PPSUS-2020)

Resultados
Dos 645 municípios, 255(39,5%) apresentaram respostas, sendo 6 de porte extragrande, 35 de grande porte, 83 de médio porte e 131 de pequeno porte. Dos 17 DRS do Estado, 14(88,2%) responderam. Mais da metade dos gestores afirmaram que os recursos chegaram em quantidade suficiente, tempo oportuno e com autonomia municipal para uso. Mais de 85% dos municípios utilizaram a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) para regulação, com uso do protocolo estadual. Nos DRS destacam-se os mapas de leitos, regulação e revisão das grades de referência, protocolos da Cross e atuação com hospitais frente a insuficiência de leitos de UTI/enfermaria, qualificação e monitoramento das filas

Conclusões/Considerações
O enfrentamento da pandemia foi permeado por inúmeras produções de arranjos de gestão. As inovações foram implementadas pelos municípios e pelos DRS. Algumas inovações foram desenvolvidas e implementadas isoladamente pelos municípios, e se somam a arranjos implementados pela articulação em rede dos DRS. Os desafios enfrentados em caráter emergencial acumulam experimentos da gestão que podem ser incorporados às Redes de Atenção à Saúde