SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)
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40468 - SAÚDE E BEM-ESTAR NA GRADUAÇÃO: SAÚDE MENTAL NO CONTEXTO DA EPIDEMIA DO COVID19 SANDRA MARA SILVA BRIGNOL - UFF, LAURO MIRANDA DEMENECH - FURG
Apresentação/Introdução O ambiente universitário é marcado por exigências acadêmicas e sociais complexas que podem exercer pressões e comprometer a saúde. Pesquisa mostram que os transtornos mentais comuns (TMC) entre estudantes universitários apresentam altas prevalências, superiores às encontradas na população geral. Este cenário pode se agravar no contexto das perdas econômicas e pessoais na pandemia do COVID19.
Objetivos O objetivo é estimar a prevalência dos TMC (sintomas de depressão, ansiedade, estresse, qualidade do sono), risco e tentativas de suicídio. E identificar os fatores associados aos TCM entre estudantes de cursos presenciais de graduação.
Metodologia Estudo de desenho corte transversal com 1133 discentes e realizado entre janeiro – 2019 e março – 2021 na Universidade Federal Fluminense de Niterói-RJ. Os dados coletados via questionário “on-line” continham perguntas sobre dados socioeconômicos e demográficos, drogas e medicamentos, apoio social, covid19, além dos instrumentos de saúde mental (PHQ9, GAD-7, Escala de Estresse Percebido, Mini Sleep Questionnaire, MINI e Student Drug-Use WHO). A análise estatística exploratória e descritiva precedeu a análise da independência dos fatores de risco e os TMC. O teste qui-quadrado com nível de significância de 5% e análise de correspondência múltipla foram realizados no programa RStudio.
Resultados A idade média dos discentes foi de 25 anos, 67,8% mulheres e 56,9% de brancos. Tiveram uma redução na renda familiar (RF) 35% das famílias e 21% ficaram sem renda/reduziu muito. Metade da RF era menor de R$ 3.600,00. As prevalências de TMC foram: sintomas generalizados de depressão (81%), sintomas de depressão severa (28,5%), ansiedade severa (37,8%), estresse percebido (37,8%), dificuldade severa de sono (68,7%), risco de suicídio (RS) (17%). Tentaram suicídio na vida 21% e na universidade 9,1%. Cursos de ciências agrárias e letras, meninas, sofreu alguma discriminação, menor renda familiar e falta de apoio social caracterizaram o perfil dos discentes mais vulneráveis à TMC e RS.
Conclusões/Considerações A ansiedade e estresse percebido esteve próximo ao da população geral, porém os problemas com o sono, sintomas de depressão severa, risco e tentativas de suicídio tiveram maior porcentagem entre os participantes da pesquisa. O perfil típico do grupo mais vulnerável mostra que é fundamental ampliar a rede de apoio individual e social, ampliar as políticas de permanência na universidade e informações dos serviços de saúde mental com fácil acesso.
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