SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)
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39704 - AVALIAÇÃO DA TAXA DE POSITIVIDADE E A TESTAGEM COMO ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO A COVID-19 EM UM MUNICÍPIO BRASILEIRO DE GRANDE PORTE
JESSIKA ANGELA FREITAS DE OLIVEIRA - UFSC, ANA KEILA SOARES - UFSC, LUCAS EDUARDO FEDARACZ BROJAN - UFSC
Apresentação/Introdução
Para que haja um monitoramento da COVID-19 é imprescindível uma capacidade de detecção eficaz e oportuna. A taxa de positividade (TP) foi apontada pelo meio científico como uma boa métrica para determinar a capacidade e a sensibilidade dos serviços de saúde em identificar casos positivos. Recomenda-se valores inferiores a 5% por 14 dias para que haja flexibilização das medidas sanitárias.
Objetivos
O presente estudo tem como objetivo descrever os dados obtidos, através de fontes secundárias, acerca da taxa de positividade para COVID-19 no município de Joinville-SC.
Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo, observacional, quantitativo, constituído na coleta de dados publicizados pela Secretaria de Saúde, referentes ao número de notificações, pacientes aguardando resultado de testes e número de casos confirmados para Covid-19 em Joinville entre a semana epidemiológica (SE) 16 de 2020 e a SE 16 de 2021. O período foi definido tendo em vista o histórico de sucessivas estratégias de testagem adotadas pelo município neste espaço de tempo. O indicador utilizado no estudo é a TP, calculada da seguinte forma: Casos positivos, divididos pelas notificações (subtraindo os casos suspeitos aguardando resultado).
Resultados
A TP média encontrada no estudo foi de 25,0% com um desvio padrão de 4,17. Na SE 26 (2020) houve a menor TP do estudo (15,3%) e um aumento de 7,8 vezes no número de notificações em relação à semana anterior. As maiores TP’s encontradas foram de 26,8% no dia 14/12/2020 e 30,6% no dia 22/03/2021. Na SE 11 (2021) observou-se a maior quantidade casos notificados, alcançando 11.699 notificações. De maneira geral, pôde-se observar três grandes picos de casos notificados: 1º em julho/2020, 2º em dezembro/2020 e 3º em março/2021. No 1º e no 3º pico nota-se que o aumento da quantidade de casos notificados não acompanhou o acumulado de usuários aguardando resultados de exames.
Conclusões/Considerações
Conclui-se que o município apresentou altas TP’s em todo o período descrito, e de acordo com os parâmetros descritos na literatura, as estratégias de testagem foram insuficientes para justificar a flexibilização das medidas sanitárias. Há a necessidade de investir de forma maciça na testagem como estratégia de combate a epidemias, só assim é possível identificar, rastrear e avaliar seu impacto em uma população e definir estratégias eficientes.
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