SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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44744 - VOZ DAS SILENCIADAS POR TRÁS DAS MÁSCARAS: PERCEPÇÕES DE ENFERMEIRAS DA LINHA DE FRENTE DA PANDEMIA DA COVID-19 SHEILA SANTA BARBARA CERQUEIRA - UEFS, THAYSSA CARVALHO SOUZA - UEFS, EVANILDA SOUZA DE SANTANA CARVALHO - UEFS
Apresentação/Introdução A natureza do trabalho coloca os enfermeiros em situação de vulnerabilidade de contrair a Covid-19, pois esses profissionais ficam muito tempo próximo de pacientes contaminados, realizando atividades de alto risco. Estão vulneráveis também quando os pacientes não são identificados precocemente, pois mesmo com todas as orientações podem prestar cuidados sem tomar as precauções necessárias, ficando mais expostos.
Objetivos Conhecer as percepções de enfermeiras que atuaram na linha de frente no contexto da pandemia da Covid-19.
Metodologia Estudo de abordagem qualitativa, descritivo e exploratório, realizado entre maio e agosto de 2021, com enfermeiras, que atuaram em instituições hospitalares durante a pandemia da Covid-19, em um município baiano. A coleta foi realizada através da entrevista semiestruturada e a análise através da técnica de análise de conteúdo. A pesquisa obedeceu às recomendações da Resolução 466/12.
Resultados Participaram 10 enfermeiras, com idades entre 28 a 38 anos, casadas, com mais de cinco anos de formação e atuação, especialização na área e mais de um vínculo empregatício. As enfermeiras referiram-se a Covid-19 como uma doença cerceada de medos e estigmatizante por ser desconhecida por toda a sociedade. O fato de atuarem próximo a pessoas adoecidas fazem com que sejam vítimas de estigma nos serviços de saúde, na comunidade, pelos familiares e sociedade como um todo. Buscando evitarem a estigamatização, adotam com estratégias a ocultação da informação de sua profissão e local de trabalho. As enfermeiras se percebem vulneráveis ao adoecimento físico e mental.
Conclusões/Considerações Esse estudo possibilitou conhecer as percepções de enfermeiras que atuaram na linha de frente no contexto da pandemia da Covid-19, e pode favorecer na implementações estratégias para redução dos riscos laborais de contaminação, bem como sofrimento psicológico devido ao estigma em torno desses profissionais.
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