SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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44451 - IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19 NA SAÚDE DE MULHERES COM NEOPLASIAS DE MAMA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA LARISSA PAIVA FARIAS - EEAN/UFRJ, ANA CAROLINE DA SILVA DUTRA - EEAN/UFRJ, ANDREZA RODRIGUES - EEAN/UFRJ, CLAUDIA BONAN - IFF/FIOCRUZ, ULLA MACEDO - IGM/FIOCRUZ BAHIA, NANDA DUARTE - IFF/FIOCRUZ, ANA PAULA DOS REIS - ISC/UFBA, CECILIA MCCALLUM - ISC/UFBA, GREICE MENEZES - ISC/UFBA, DENISE NACIF PIMENTA - IRR/FIOCRUZ
Apresentação/Introdução A pandemia do COVID-19, a partir de 2020, impôs mudanças na rotina da população em nível mundial. Este estudo busca relacionar a pandemia do COVID-19 com fatores relacionados ao câncer de mama, que é a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil, porém é uma doença curável, cujo prognóstico depende de diversos fatores, principalmente diagnóstico e tratamento precoces.
Objetivos Identificar o impacto da pandemia do COVID-19 na vida de mulheres com neoplasias de mama.
Metodologia Revisão narrativa de literatura a partir das bases de dados Lilacs, Scielo e Medline, com os descritores: Covid-19 AND Breast cancer, referente aos anos de 2020 e 2021. Foram selecionados 100 artigos, nacionais e internacionais, que abordam a temática câncer de mama e Covid-19, na perspectiva da saúde pública e das ciências humanas. Este trabalho é parte do estudo “Pandemia de Covid-19 e práticas reprodutivas de mulheres no Brasil”, realizada pelo Grupo de Pesquisa Gênero, Reprodução e Justiça (RepGen) que reúne pesquisadoras da Fiocruz, do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA e da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ.
Resultados No Brasil, com relação à saúde sexual e reprodutiva das mulheres, ocorreu uma diminuição nos exames de rastreio e, consequentemente, menos registros de diagnóstico de câncer de mama. Alguns fatores podem ter influência nessa diminuição de diagnósticos, como a falta de acesso aos exames, devido à paralisação de serviços, ou o medo de se expor a contaminação pelo coronavírus. O isolamento social trouxe também uma queda dos índices de realização de atividades físicas, o que contribui para um agravo nos sintomas clínicos, físicos e psicológicos da doença. Além disso, estudos mostraram que pessoas com sintomas de ansiedade e depressão apresentaram piores prognósticos no tratamento do câncer.
Conclusões/Considerações Uma estratégia adotada para manter a atenção à saúde da população foi a telemedicina, apontada por como uma alternativa viável diante da redução das consultas presenciais para rastreamento e tratamento de câncer de mama. A pandemia de COVID-19 sobrecarregou a capacidade dos hospitais, impactando o rastreamento e o tratamento do câncer. A diminuição de diagnósticos e bons prognósticos do câncer de mama será um efeito colateral caro da pandemia.
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