SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
|
44403 - O DIA A DIA DE ADOLESCENTES HABITANTES DA COMUNIDADE DE HELIÓPOLIS DURANTE A PANDEMIA PELA COVID-19 SUSANNE RODRIGUES AMORIM - ESCOLA PAULISTA DE ENFERMAGEM - EPE - UNIFESP, MARIANA ARANTES NASSER - ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA - EPM - UNIFESP E CENTRO DE SAÚDE ESCOLA SAMUEL B PESSOA DA USP, JULLIANA LUIZ RODRIGUES - ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA EPM - UNIFESP, LIGIA MOURA DE SOUZA - ASSOCIAÇÃO PAULISTA PARA O DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA, NO CENTRO DE SAÚDE ESCOLA SAMUEL B PESSOA - FACULDADE DE MEDICINA DA USP
Apresentação/Introdução A pandemia da Covid-19 trouxe mudanças substanciais, como o isolamento social e as restrições de mobilidade, para adolescentes de regiões periféricas isso se agrava por condições urbano-habitacionais, fechamento de escolas, alterações no funcionamento de serviços, e pela redução de espaços de lazer/sociabilidade somados aos marcadores sociais de raça/cor, classe social e gênero.
Objetivos Objetiva-se, com este estudo, conhecer o dia a dia de adolescentes da comunidade de Heliópolis durante a pandemia e as formas de (re)construção de suas identidades e modos de vida.
Metodologia É uma pesquisa qualitativa, parte de outra mais abrangente intitulada Desigualdades e vulnerabilidades na epidemia de Covid-19: monitoramento, análise e recomendações (CEP:31165120.7.0000.5505). Tem como referencial de trabalho a Linha de Cuidado para a Saúde na Adolescência e Juventude para o Sistema Único de Saúde no Estado de São Paulo (LCA&J), foram empregadas entrevistas semi-estruturadas e observação participante com registro em diário de campo. O roteiro tem como referência a ficha Vida e Cuidado com a Saúde e adolescentes entre 12 e 18 anos de Heliópolis foram indicados por integrantes da União de Núcleos Associações dos Moradores de Heliópolis e Região, seguido do procedimento snowball.
Resultados Foram entrevistados 18 adolescentes entrevistados e identificou-se que aproximadamente um terço deles contribuem ou já contribuíram com a renda familiar. O acesso à educação revelou-se, em sua maioria, ser pelo serviço público e à serviços de saúde se deu por meio de hospitais, unidades básicas de saúde e da Casa do Adolescente. Os equipamentos sociais citados foram: UNAS, praças, complexo centro educacional unificado e escolas de esportes da região. A análise se deu pelos referenciais teóricos da interseccionalidade e da integralidade do cuidado em saúde.
Conclusões/Considerações As vivências se mostraram atreladas a um sentimento de perda, ao mesmo tempo em que ocorreram descobertas importantes, aconteceram adaptações e apareceram necessidades que demandam ao adolescente algum tipo de apoio. Apesar de o impacto de tudo o que foi vivido com a pandemia ainda não poder ser dimensionado, a escuta ativa dos adolescentes que viveram o período pode tornar mais efetiva a construção de políticas públicas
|