SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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44146 - NÍVEIS DE DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 E MUDANÇAS NO HÁBITO DE CONSUMO DE ALIMENTOS HIPERPALATÁVEIS MARCUS VINICIUS BARBOSA VERLY MIGUEL - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL HESIO CORDEIRO – UERJ, ROSELY SICHIERI - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL HESIO CORDEIRO – UERJ, MÁRCIO CANDEIAS MARQUES - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL HESIO CORDEIRO – UERJ, MAGNO CONCEIÇÃO GARCIA - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL HESIO CORDEIRO – UERJ, JADE VELOSO FREITAS - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL HESIO CORDEIRO – UERJ, CLAUDIA DE SOUZA LOPES - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL HESIO CORDEIRO – UERJ
Apresentação/Introdução A pandemia de COVID-19 chegou ao Brasil no ano de 2020 e, com ela, foram instituídas medidas de isolamento social tendo em vista a proteção da população. O maior tempo em casa decorrente das medidas de isolamento social teve impactos na população, incluindo mudanças nos hábitos de consumo alimentar e efeitos na saúde mental como o aumento de casos de depressão e ansiedade
Objetivos Investigar alterações no consumo de alimentos hiperpalatáveis e padrões de refeição e sua relação com os graus de ansiedade e depressão em estudantes de uma universidade pública na cidade do Rio de Janeiro
Metodologia Estudo transversal, conduzido a partir de uma amostra de 771 estudantes universitários que, em 2019, ingressaram em cursos de graduação em uma universidade pública no estado do Rio de Janeiro, e cujos dados foram coletados através de questionário web autopreenchido. As alterações no consumo alimentar e padrões de refeição foram avaliadas pela frequência de aumento ou de redução no consumo de 7 alimentos hiperpalatáveis e por questões envolvendo a substituição de refeições por lanches A ansiedade e depressão foram medidas pelos escores do GAD-7 e PHQ-9, respectivamente. Devido à alta taxa de não- resposta (80,6%), foi realizada ponderação dos participantes por sexo e curso de origem
Resultados 771 alunos responderam ao questionário. Mais da metade dos indivíduos relataram sintomas de ansiedade (53,8%) e depressão (62,5%) clinicamente significativos. A presença de ambos os transtornos ao mesmo tempo também foi alta, com 47,6%. Um modelo de equações estruturais foi criado, onde a variável latente "transtorno", composta pelos escores do GAD-7 e PHQ-9, mostrou correlação direta significativa com o aumento nos hábitos de consumo de alimentos hiperpalatáveis e refeições. Uma mudança de 0,155 desvio padrão no consumo de alimentos hiperpalatáveis foi detectada para cada variação de "transtorno", após análise de seus efeitos totais diretos e indiretos
Conclusões/Considerações Concluiu-se que maiores escores de ansiedade e depressão afetaram negativamente os hábitos de consumo dos universitários, com os mais afligidos pelos transtornos apresentando os maiores aumentos no consumo de alimentos hiperpalatáveis e substituição de refeições por lanches
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