SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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44116 - SAÚDE MENTAL E QUALIDADE DE VIDA DOS AGENTES COMUNITÁRIOS FRENTE A COVID-19 SIDNEY FEITOZA FARIAS - FIOCRUZ/PE, ANYA PIMENTEL GOMES FERNANDES VIEIRA-MEYER - FIOCRUZ/CE, FRANKLIN DELANO SOARES FORTE - UFPB, ANA PATRÍCIA PEREIRA MORAIS - UECE, ANDRÉ LUIZ SÁ DE OLIVEIRA - FIOCRUZ/PE, FERNANDO JOSÉ GUEDES DA SILVA JÚNIOR - UFPI, MARISTELA INÊS OSAWA VASCONCELOS - UVA, MARIA SOCORRO DE ARAÚJO DIAS - UFC
Apresentação/Introdução A pandemia da COVID-19 afeta pessoas de diferentes formas ao redor do mundo. Além dos milhões de casos conhecidos e óbitos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%. O Agente Comunitário de Saúde (ACS), que tem importante função no cuidado a saúde, teve impactos na rotina repercutindo sua saúde mental e qualidade de vida.
Objetivos O objetivo desse estudo foi analisar as repercussões da covid-19 na saúde mental e qualidade de vida dos ACS, em diferentes cenários (cidades com diferentes contextos e portes populacionais no nordeste brasileiro).
Metodologia Trata-se de um estudo quantitativo transversal multicêntrico envolvendo ACS de quatro capitais (Fortaleza, João Pessoa, Recife, Teresina) e quatro cidades do interior (Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Sobral) do Nordeste brasileiro. O Cálculo amostral aleatório simples foi realizado para cada município, com base no erro amostral de 5%, nível de confiança de 95%, e distribuição homogénea (80/20) da população estudada. Um total de 1.935 ACS foram investigados, aplicou-se questionário estruturado, SRQ-20 - Self-Reporting Questionnaire – questões relacionadas aos sintomas psicoemocionais, adotado ponto de corte ≥ 7; e WHOQOL-Bref – Qualidade de vida do ACS durante a pandemia.
Resultados A média de idade foi de 46,25 (DP=8,54) anos, 82% eram mulheres, 72% eram pardas, 58% declararam-se casados e 57% possuem ensino médio completo. 40% das ACS relataram infecção por Covid-19. Entre as capitais Recife-PE destaca-se as ACS com transtornos mentais não psicóticos (TMNP) 7,57 e no interior temos o Crato-CE com o maior score 7,5, que sugere nível de suspeição de algum transtorno mental para estas cidades. Entre as variáveis associadas ao humor depressivo-ansioso, verificou-se que a maioria se sentia nervosa, tensa ou preocupada. Observa-se padrão semelhante entre as cidades de Recife (85) e Crato (88), correlacionadas com provável pior qualidade de vida e insatisfação com a saúde.
Conclusões/Considerações Verificou-se que nos cenários estudados, a pandemia da Covid-19 trouxe repercussão para saúde mental e qualidade de vida dos ACS. Estes achados apoiarão a implementação de estratégias e políticas públicas para a melhoria da saúde do trabalhador no SUS, e a qualificação do processo de trabalho do ACS, ante a convivência com fatores antigênicos no território, e a necessidade de combater a pandemia nas comunidades vulneráveis.
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