Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

43914 - PERFIL DOS MÉDICOS E PRÁTICAS DE SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO CONTEXTO DA COVID-19 EM SALVADOR/BA
THIAGO SANTOS DE SOUZA - ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA (EBMSP), MARIA CAROLINA SANTOS DE MORAES - ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA (EBMSP), MARCIA MARIA DOS SANTOS DE MORAES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA (UFSB)


Apresentação/Introdução
Em 2020, a atenção à saúde em todos os níveis sofreu o impacto da pandemia de covid-19 e a Atenção Primária, porta de entrada da Rede de atenção à Saúde, não foi exceção. Para melhor compreender a reorganização desse setor no município de Salvador, é importante descrever o perfil dos médicos das equipes da Atenção Primária e as ações realizadas por eles no contexto da pandemia.

Objetivos
Descrever o perfil e as práticas de saúde dos médicos da Atenção Primária no contexto da pandemia de covid-19 no município de Salvador/BA.

Metodologia
Estudo descritivo por meio de levantamento de dados sociodemográfico-profissional: sexo, idade, tempo de formação, instituição formadora, especialidade/residência, tempo na equipe, carga horária. A parte II avaliou eixos de reorganização da atenção primária baseados em Aquino e colaboradores: Vigilância em Saúde nos territórios; Atenção aos usuários com covid-19; Suporte social a grupos vulneráveis; Continuidade das ações da atenção primária. O link para acesso ao instrumento autoaplicável foi enviado por e-mail e WhatsApp dos médicos participantes. Para análise dos dados quantitativos/qualitativos foi utilizada estatística descritiva simples e análise de conteúdo por categorias temáticas.

Resultados
A partir dos 43 questionários respondidos, observou-se um perfil de médicos na maioria do gênero feminino, entre 30-40 anos de idade, >5 anos de graduação em instituição privada e sem residência médica concluída. No processo de trabalho, 60,46% não usavam tecnologias digitais para ações remotas, adotando-as na pandemia; 48,84% não receberam treinamento para atuar na covid-19. Nos cuidados primários, o atendimento a agravos crônicos e a saúde da criança foram os mais afetados, sendo o pré-natal o menos. Sobre Vigilância em Saúde, 51,16% realizaram ações em condições de saúde não covid-19. Para suporte social a grupos vulneráveis, 62,79% não realizavam ações ou parcerias intersetoriais.

Conclusões/Considerações
Com uma maioria de médicas jovens, recém-formadas e com um período curto de atuação nas equipes, observou-se uso abrangente de telemedicina durante a pandemia e reestruturação do funcionamento das unidades. Contudo, houve pouco envolvimento em ações de vigilância e suporte a grupos vulneráveis e acesso precário a cuidados primários, como a doentes crônicos e crianças, gerando uma menor atenção ao cuidado longitudinal.