Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

43788 - COMPREENDENDO A HESITAÇÃO VACINAL NA PANDEMIA DE COVID-19: UMA REVISÃO INTERNACIONAL DA LITERATURA
MONIQUE AZEVEDO ESPERIDIÃO - UFBA, RAMON DA COSTA SAAVEDRA - DIVEP-SESAB/UFBA


Apresentação/Introdução
Hesitação vacinal significa um atraso ou recusa de vacinas, apesar da disponibilidade nos sistemas de saúde. Presente na pandemia de Covid-19, apesar da segurança e eficácia das vacinas, torna-se um importante fenômeno social a ser adequadamente compreendido, sobretudo quando campanhas de vacinação começam a perder força

Objetivos
Sistematizar os modelos explicativos, determinantes sociais da hesitação vacinal disponíveis na literatura internacional e suas relações com a pandemia de Covid-19.

Metodologia
Foi realizada uma revisão integrativa entre janeiro de 2021 e junho de 2022 nas bases PubMed Central e Web of Science, por meio do Portal de Periódicos da Capes. Utilizaram-se descritores combinados associados aos termos: “COVID-19”; “vaccine hesitancy”; “determinants”; “theoretical model”, tendo por restrição título e assunto. Adicionalmente, foram incluídos manuscritos por busca manual. Um total de 20 artigos foram selecionados com base nos critérios de inclusão e exclusão, sendo lidos na íntegra. Os dados foram extraídos no Excel e analisados segundo conceito de hesitação, determinantes sociais e especificidades da covid-19. O processo de seleção envolveu dois pesquisadores independentes.

Resultados
Adotou-se largamente o modelo da OMS para o qual a hesitação é afetada por variáveis da confiança, complacência e conveniência (3Cs). A hesitação é descrita como um processo complexo que envolve características contextuais; individuais e grupais e questões específicas à vacinação. Os determinantes mais comuns incluem o risco percebido, confiabilidade, preocupações de segurança e eficácia da vacina, desconfiança nos cuidados de saúde e nas fontes de informação. Ganham destaque as desigualdades na saúde, o nível de exposição a boatos e desinformação online, fatores associados ao rápido desenvolvimento das vacinas, bem como crenças religiosas e influência de movimentos antivacina.

Conclusões/Considerações
Limitações nas abordagens sociopsicológicas têm levado à adoção de perspectivas mais compreensivas que ressaltam a dimensão da comunicação em saúde bem como aspectos que envolvem fatores políticos-ideológicos. São discutidas estratégias para abordagem do tema adaptadas às culturas e na perspectiva de integração entre a vigilância e a atenção à saúde em contextos de emergências de saúde pública.