SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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43261 - AUMENTO DO COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 ESTÁ ASSOCIADO AOS COMPONENTES DA QUALIDADE DO SONO:COVID-INCONFIDENTES, UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL SAMARA SILVA DE MOURA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP), LUIZ ANTÔNIO ALVES MENEZES JÚNIOR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP), AMANDA GONÇALVES MIRANDA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP), GEORGE LUIZ LINS MACHADO-COELHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP), JÚLIA CRISTINA CARDOSO CARRARO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP), ADRIANA LÚCIA MEIRELES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP)
Apresentação/Introdução O comportamento sedentário (CS) pode estar associado a componentes importantes do controle do sono. Isso se deve porque a mídia eletrônica, principalmente à noite, aumenta o estado de alerta e excitação fisiológica. Além disso, a luminosidade artificial proveniente das telas, pode induzir a uma diminuição da produção de melatonina, hormônio essencial para a indução do sono.
Objetivos Avaliar a mudança no CS durante a pandemia de covid-19 e sua associação com os componentes da qualidade do sono.
Metodologia Inquérito soroepidemiológico de base populacional entrevistados face a face, indivíduos maiores de 18 anos, residentes na área urbana nos municípios de Mariana e Ouro Preto/MG. Realizou-se amostragem estratificada por conglomerado. A variação do CS durante a pandemia foi calculada {delta de CS = [(CS durante a pandemia - CS antes da pandemia)},e posteriormente dicotomizada, conforme o percentil 75, em delta CS <2 horas e delta CS >2 horas. A qualidade do sono foi avaliada pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP). Foi realizada regressão logística entre a mudança no CS e os componentes do sono, ajustada para idade,sexo,renda familiar,trabalhar em home office e estado nutricional.
Resultados Foram avaliados 1762 indivíduos, o IQSP teve uma pontuação média de 6,32 (IC95% 6,03-6,62) e a prevalência de qualidade ruim do sono foi encontrada em 52,5% da amostra. Os componentes do sono mais alterados foram a latência do sono, distúrbios do sono, eficiência habitual do sono e qualidade subjetiva do sono. Além disso, 53,7% dos indivíduos aumentaram o CS por 2 horas ou mais durante a pandemia, o que foi associado a alterações nos componentes de qualidade subjetiva do sono (OR=3,55;IC95%=1,75-7,21), disfunção diurna (OR=2,04;IC95%=1,19-3,51), distúrbios do sono (OR=2,21;IC95%=1,17-4,17) e latência do sono (OR=3,27;IC95%=1,47-4,29).
Conclusões/Considerações Nossos achados fornecem informações valiosas para comunidade científica, em que grande parte dos indivíduos aumentaram o CS durante a restrição social e esse aumento esteve associado a má qualidade do sono nos componentes: qualidade subjetiva, latência, distúrbios e disfunção diurna do sono.
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