Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

43080 - SAÚDE MENTAL DE FISIOTERAPEUTAS NO ENFRENTAMENTO A PANDEMIA DA COVID-19
GABRIEL ARAÚJO DE SOUZA MONTEIRO - UFPE, WASHINGTON JOSÉ DOS SANTOS - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFPE, JULIANA FERNANDES DE SOUZA BARBOSA - UFPE, JOAQUIM SÉRGIO DE LIMA NETO - UFPE, ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS - UFPE, ETIENE OLIVEIRA DA SILVA FITTIPALDI - UFPE


Apresentação/Introdução
No enfrentamento da pandemia da Covid-19, além dos cuidados específicos de cada profissão, os profissionais da saúde, dentre eles os fisioterapeutas, vivenciaram diversos dilemas, dos quais se destacaram a elevada transmissibilidade do vírus, a falta de equipamentos de proteção individual, a sobrecarga de trabalho e os impactos na saúde mental.

Objetivos
Descrever o perfil de saúde mental dos fisioterapeutas que atuaram na pandemia da Covid-19.

Metodologia
Estudo transversal em que foram avaliados dados de fisioterapeutas provenientes de quatro Estados nordestinos acerca da presença de Transtornos Mentais Comuns (TMC). Foram aplicados dois questionários, um sobre características sociodemográficas (idade, sexo, estado de origem) e do trabalho (local de trabalho, carga horária, vínculo e tempo de atendimento a COVID-19) e o Self-Reporting Questionnaire–20 (SRQ-20) para avaliação de TMC. O SRQ-20 utiliza questões envolvendo humor depressivo/ansioso, sintomas somáticos, decréscimo de energia vital e pensamentos depressivos, pontuação acima de 7 foi indicativo de TMC.

Resultados
A amostra foi composta por 283 fisioterapeutas atuantes nos Estados de Alagoas (8,5%), Paraíba (17,4%), Pernambuco (52,8%) e Rio Grande do Norte (21,3%). A maioria dos fisioterapeutas participantes foi de mulheres, com idade entre 23 e 56 anos, lotada em UTI, com vínculo permanente, carga horária de até 30 horas semanais e tempo de atendimento a Covid-19 ≤12 meses. A prevalência de TMC foi de 76,33% (IC 95% 71,04 – 80,90) na amostra estudada.

Conclusões/Considerações
A pandemia da Covid-19 exacerbou a presença dos Transtornos Mentais Comuns nos fisioterapeutas que se encontravam na linha de frente no combate a Covid-19. Urge a necessidade da criação de ações interdisciplinares e políticas públicas direcionadas a esses profissionais, no trabalho e fora dele.