SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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42958 - EU NÃO SOU MINHAS DORES: GRUPO DE MULHERES NA ATENÇÃO BÁSICA EM TEMPOS DE PANDEMIA PRISCILLA VIÉGAS BARRETO DE OLIVEIRA - UFPB; UFPE, ADRIANA SILVA DE ANDRADE - UFPB, FLÁVIA JOSEFA ALEXANDRE FERREIRA - UFPB, GIOVANNA BEZERRA CAVALCANTE MEDEIROS - UFPB, JÉSSICA RAYSSA GOMES CABRAL - UFPB, JESSIKA FRANCISCA LEITÃO - UFPB, LARISA VALDIVINO DA SILVA - UFPB, NÍVIA DE MELO SILVA - UFPB, SARAH GREGÓRIO FALCÃO DE OLIVEIRA - UFPB, DALYANE LUCIA SANTOS CHAVES - FCMPB/SMS/PMJP
Período de Realização As reflexões-ações do Grupo de Mulheres “Eu não sou minhas dores” ocorreram de 29/03 a 31/05/2022.
Objeto da experiência Ressignificar o acolhimento qualificado e amoroso na Atenção Básica junto às mulheres e suas dores em seus cotidianos de vida em meio à pandemia.
Objetivos Apresentar a experiência do grupo de Mulheres “Eu não sou minha dores” proposto em um cenário de prática pela docente e estudantes de graduação em Terapia Ocupacional a partir do olhar construído nas narrativas escritas das práticas, que fizeram parte do processo formativo e de avaliação.
Metodologia As ações do grupo de Mulheres “Eu não sou minhas dores” se desenvolveu em uma Unidade de Saúde da Família (USF) integrada da Paraíba, que tinha no seu espaço quatro equipes de Estratégia de Saúde da Família, além de uma Residência Multiprofissional em Atenção Básica atuante, em articulação com a docente e 9 discentes de graduação em Terapia Ocupacional; essas últimas que elaboraram a proposta inicial do grupo, a partir da identificação do perfil de usuárias que buscavam a USF.
Resultados Segundo as narrativas das discentes, os momentos de escuta-fala regados de afeto e solidariedade, o uso da educação popular em saúde para compartilhamento de saberes entre as mulheres e entre elas e a equipe mediadora, demonstraram a potência e importância da equipe e desse espaço de cuidado vinculado a um equipamento de saúde que a comunidade tem como referência. Foi adotada a estratégia de criação de um grupo virtual em aplicativo de mensagens para convidar as mulheres para o encontro semanal.
Análise Crítica Com essa experiência, as discentes perceberam que a atuação não pode se dar de forma descolada da realidade das pessoas, famílias, grupos, coletivos e territórios. Portanto, consolidou a urgência em não acatar a fragmentação e o reducionismo do saber-fazer acadêmico, exigindo e construindo junto a articulação entre teoria e prática, na qual a formação deve ser pautada pela reflexão-ação com vias à transformação de realidades.
Conclusões e/ou Recomendações O grupo se mostrou como potente ferramenta de acolhimento das dores dessas mulheres em um contexto no qual o aumento das violências e das opressões se fizeram tão mais presentes. O mapeamento das demandas do território com a pandemia foi um grande desafio, e a vinculação com a equipe foi fundamental. O saber-fazer da Terapia Ocupacional trouxe sentido à proposta e mediação do grupo, com abordagem daquilo que interferia nos seus cotidianos.
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