SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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42853 - AGRAVAMENTO DO SOFRIMENTO PSÍQUICO DE USUÁRIOS DA SAÚDE MENTAL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 LEIDY JANETH ERAZO CHAVEZ - UFMT/UNICAMP, WILLIAN SILVA BARROS - UFPEL, ELLEN CRISTINA RICCI - UFPEL, TATIANA DIMOV - UFSM
Apresentação/Introdução Em 2020 a OMS declarou o estado de pandemia de COVID-19. Pesquisas vêm apresentando publicações no que se refere aos agravamentos de saúde mental decorrentes da pandemia. O IASC (2020) aponta que pessoas com diagnóstico de sofrimento mental prévio estão dentre as mais afetadas, sendo necessário o desenvolvimento de estratégias que visem mitigar o sofrimento psíquico desse grupo populacional.
Objetivos Avaliar os estados emocionais de pessoas com histórico de sofrimento psíquico prévio durante a pandemia de COVID-19, em 2020.
Metodologia Foi realizada uma pesquisa online transversal com 292 no ano de 2020, com pessoas que se autoidentificaram como portadoras de transtorno mental. Foi usada a técnica de amostragem não probabilística por conveniência. As pessoas responderam um formulário online com perguntas sociodemográficas, a escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21) e um questionário sobre cuidados e repercussões do COVID-19. Foram realizadas análises descritivas por meio da distribuição de frequências, porcentagens, medidas de tendência central e variabilidade e análise bivariada usando o Teste de Mann-Whitney e Teste de Kruskal-Wallis. O nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5%.
Resultados Os participantes do estudo foram em sua maioria mulheres (79,5%) com média de idade de 30,11 (±10,7) que moravam principalmente na região sul do Brasil (78,8%) e que estavam em isolamento social (86,3%) no momento da pesquisa. Os resultados indicam que os participantes apresentaram escores “extremamente severo” nos domínios de depressão (42,1%), ansiedade (43,5%) e estresse (30,8%). Na análise bivariada foi identificada que fatores como o ser mulher, não ter companheiro (a), ter uma menor renda mensal, não ter emprego durante a pandemia estão associados com índices de depressão, ansiedade e estresse.
Conclusões/Considerações Estudos apontam que o medo de contágio e/ou o fechamento de muitas unidades, pode limitar as possibilidades de acesso ao cuidado, causando recaídas no tratamento e agravamento de sintomas. Diversos estudos apontam a renda e o gênero como fatores que influenciam nos estados emocionais durante a pandemia de COVID-19. A garantia de acesso a direitos humanos, como saúde, alimentação e moradia é fundamental para a mitigação dos efeitos psíquicos
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