Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

42802 - POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19 E A DESCOORDENAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL NO BRASIL
FRANCISCA ELIZABETH CRISTINA ARAÚJO BEZERRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC), VYNA MARIA CRUZ LEITE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC), RAFAELA RODRIGUES VIANA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC), CARMEM EMMANUELY LEITÃO ARAÚJO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC)


Apresentação/Introdução
Em meio à crise sanitária, iniciada com a pandemia da Covid-19, com interface político-econômica, o Brasil viu seu planejamento em saúde desmoronando, com agravante do déficit de orçamento e despreparo de gestores da saúde. Tomando decisões contrárias à essência do planejamento em saúde, o país agravou a situação de saúde da população e se deparou com a pior crise da saúde pública de sua história.

Objetivos
Discutir sobre a crise político-sanitária no Brasil, permeando com reflexões sobre a atuação do Governo Federal, a partir dos conceitos de gestão e planejamento, com elementos do orçamento para ações e serviços públicos de saúde no Brasil.

Metodologia
A revisão parte de textos científicos e jornalísticas publicados no Brasil entre janeiro de 2020 e maio de 2021. Também foram pesquisadas informações dos repasses financeiros para serviços de saúde no SIOPS - Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde e no portal do Tesouro Nacional referentes ao período de 2016 a 2020.

Resultados
Considerando que 2020 foi um ano onde estados e municípios precisaram enfrentar a situação da pandemia da covid-19 com aumento considerável no número de leitos de UTI e enfermarias, contratações de profissionais de saúde, compra de equipamentos como respiradores e insumos como oxigênio e medicações, além dos investimentos com a produção e distribuição da vacina contra Covi-19, o aumento do repasse do governo federal para estados não foi suficiente para sanar todas as demandas no enfrentamento a pandemia. Não houve uma coordenação adequada e uma articulação entre as diferentes esferas de poder e as consequências da pandemia foram piores nas populações mais empobrecidas e vulneráveis.

Conclusões/Considerações
Houve falta de planejamento do governo federal de forma adequada e célere para o enfrentamento à pandemia. Agravada por uma crise política, a situação sanitária revelou abismos entre classes sociais. Uma crise com maior impacto em populações mais vulnerabilizadas, demonstrando as profundas desigualdades estruturais que reforçam as diferenças sociais e pioram nossa sociedade.