Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

42621 - POETICA DO RE-ENCONTRO - A MEDIAÇAO DE SI ÀS VOLTAS COM A VIDA PRESENCIAL
NILCÉIA NASCIMENTO DE FIGUEIREDO - UFRJ, VALÉRIA FERREIRA ROMANO - UFRJ, EVELIN GOMES ESPERANDIO - UFRJ, JOÃO VICTOR DE AGUIAR NERY - UFRJ, MAYANA RIBEIRO MONTENARIO - UFRJ, SAMARA LUIZA SILVA - UFRJ, ISABELLE PEREIRA DE OLIVEIRA - UFRJ, GLENDA MATEUS AMORIM - UFRJ, ALLAYNE ELLEN PANTALEÃO PLÁCIDO CÍLIO - UFRJ, VITOR MASSAHARU FERREIRA FUJIMOTO - UFRJ


Período de Realização
1º semestre letivo de 2022.

Objeto da experiência
Atividade lúdica, presencial, com estudantes da área de Saúde da UFRJ do Laboratório de Estudos em Atenção Primária (LEAP-UFRJ).

Objetivos
Refletir sobre a questão disparadora “Como você está se vendo neste momento da sua vida?” em um contexto de abertura das atividades acadêmicas para o formato presencial, após o período de isolamento necessário e imposto pela pandemia COVID-19.

Metodologia
Relato de uma das experiências do LEAP/UFRJ na qual usamos como referencial a obra “hookiniana”, onde o pessoal é sempre político (Hooks, 2004). Apostamos no desvelamento da necropolítica gerida tanto pelo vírus quanto pelo sistema de mundo, que impõe o niilismo do corpo e seus sentidos de pertencimento. Experimentamos a Ética do Amor, na qual o pessoal sobrevive por meio de ligação com o coletivo – “o poder de se autotangenciar em meio ao caos e determinar o autoagenciamento coletivo”.

Resultados
Em um dos encontros do LEAP, conduzimos os estudantes a tocarem seus próprios corpos, e logo após, às cegas, por três minutos, construir um corpo representativo com massa de modelar. As imagens de “bonecos” esfacelados; só com a cabeça; sem pernas, outros completos, mas desproporcionais; nos evocou dores, dilemas e também delícias vivenciadas. A fotografia da “obra” foi seguida de narrativas poéticas; proporcionando ressignificação e maleabilidade para lidar com a formação em saúde.

Análise Crítica
As narrativas poéticas expressaram o quanto perdemos amores, confiança, esperança, durante a pandemia de Covid-19. A dinâmica proposta fez aparecerem impressas memórias que não soubemos mapear, mas que uniram os estudantes em poesia, através de uma vivência de trocas e cuidado de si; essenciais para os sentidos do trabalho em saúde, onde a força compartilhada veio de quem se refez.

Conclusões e/ou Recomendações
Mergulhar no engajamento pessoal e coletivo de estudantes da área da saúde; produziu afetos, elaborações e sensibilidades importantes na motivação para seguir a vida. Reconstruções de sentidos e caminhos idealizados foram representados pelos corpos moldados pelas mãos, onde a dor expressada pelas perdas e lutos pode ser recontada e (re)habitada; evocando, assim, novas esperanças para estes futuros profissionais.