SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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42460 - FREQUÊNCIA DE INSEGURANÇA ALIMENTAR EM AMOSTRA DE ADOLESCENTES ESTUDANTES DE ESCOLA PÚBLICA DE JUIZ DE FORA-MG DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 ANA LETÍCIA ANDRIES E ARANTES - UFJF, JÉSSICA ALMEIDA SILVA DA COSTA - UFJF, MICHELE PEREIRA NETTO - UFJF, ANA PAULA CARLOS CÂNDIDO MENDES - UFJF, RENATA MARIA SOUZA OLIVEIRA E SILVA - UFJF, ELIANE RODRIGUES DE FARIA - UFJF
Apresentação/Introdução A necessidade de isolamento social em consequência da pandemia de COVID-19 tem sido geradora de diversos impactos relativos aos aspectos econômicos, hábitos alimentares e segurança alimentar (SA). Com a instabilidade de trabalho e renda e alterações na cadeia de produção de alimentos, a dificuldade no acesso e nas escolhas alimentares pode ser exacerbada.
Objetivos Avaliar a frequência de Insegurança Alimentar (IA) em domicílios com adolescentes matriculados em escolas públicas do município de Juiz de Fora, MG.
Metodologia Trata-se de um estudo de corte transversal e caráter descritivo e analítico, realizado ao longo do ano de 2021, de maneira remota, respeitando as recomendações de distanciamento social dos órgãos de saúde nacionais e internacionais em consequência da pandemia de COVID-19. A amostra foi constituída por adolescentes participantes da pesquisa EVA-JF (2018-2019), que foram convidados a participar do presente estudo por meio de contato telefônico ou e-mail. A IA foi avaliada utilizando a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), a qual foi respondida pelo responsável pela alimentação do domicílio, por meio da ferramenta online Google Forms.
Resultados A amostra foi composta por 205 adolescentes com idades entre 14 e 19 anos. Destes, 60% eram do sexo feminino (n=124) e 40% do sexo masculino (n=81). A maioria da amostra eram de cor branca (54%), seguida por pardos (22%), pretos (21%), indígenas (0,5%) e amarelos (0,5%). A frequência de IA avaliada pela EBIA foi de 35%, estando presente em 72 domicílios estudados. Destes, 58 encontravam-se em situação de IA leve (28%), 11 em situação de IA moderada (5%) e 3 em IA grave (1%).
Conclusões/Considerações Observa-se elevado percentual de famílias em situação de insegurança alimentar na amostra pesquisada, que apesar de serem inferiores aos achados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (58,7%), ainda assim, nos fazem refletir sobre o contexto de desigualdades socioeconômicas que exacerbadas pela pandemia, fizeram com que a fome chegasse aos lares de vários brasileiros.
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