SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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42392 - A LETALIDADE DOS PROFISSIONAIS E NÃO PROFISSIONAIS DA SAÚDE NOS DOIS PRIMEIROS ANOS DA PANDEMIA DA COVID-19 NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: O IMPACTO DA VACINAÇÃO STELLA BAYER DE JESUS - UFF, GUSTAVO HENRIQUE ROVARI - UFF, VITOR AUGUSTO SAITO DE SOUZA - UFF, FABÍOLA GIORDANI - UFF, VALÉRIA TRONCOSO BALTAR - UFF
Apresentação/Introdução A exposição dos profissionais de saúde à Covid-19 durante a pandemia tornou relevante a análise de registros epidemiológicos para avaliar a disseminação da doença e seus desfechos nesse grupo. O painel de informações do coronavírus do Espírito Santo (ES) é um dos mais transparentes e completos do país, favorecendo a análise do perfil epidemiológico dessa população.
Objetivos Este estudo tem como principal objetivo avaliar o impacto da COVID-19 nos profissionais de saúde do ES ao longo dos dois primeiros anos de pandemia, verificando as mudanças epidemiológicas após o início da vacinação em janeiro de 2021.
Metodologia O estudo usou microdados do Painel COVID-19 do ES, que contém informações de casos confirmados, suspeitos e descartados. As variáveis utilizadas foram data de notificação, de coleta de exame, de óbito; classificação; evolução; idade; sexo; sintomas; comorbidades; internação; profissional de saúde. Para avaliar as taxas de letalidade ao longo da pandemia e os efeitos da vacinação, o tempo foi avaliado em períodos de anos e ondas, e foi realizada análise exploratória dos dados. As análises foram realizadas no software livre R 4.2.0. O estudo obedeceu às Diretrizes Internacionais para Desenvolvimento de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos.
Resultados Nos primeiros dois anos de pandemia, o ES registrou 3.389.442 notificações, sendo 1.022.860 casos confirmados e 14.149 óbitos pela Covid-19. Profissionais de saúde totalizaram 50.399 confirmados e 114 óbitos. A letalidade para profissionais de saúde foi 0,23% no geral, 0,29% no ano 1 e 0,16% no ano 2, pós-vacinação. Para não profissionais as taxas foram de 1,48%, 2,26% e 1,10%, respectivamente. Nas ondas, a letalidade para profissionais de saúde foi 0,24% durante a primeira (linhagens B.1.1.28, B.1.1.33), 0,45% na segunda (variantes P.1, P.2), 0,51% na terceira (variante Delta) e 0,03% na quarta (variante Ômicron). Para não profissionais as taxas foram 2,85%, 2,16%, 1,38% e 0,17%, respectivamente.
Conclusões/Considerações Em todas divisões de tempo a letalidade pela Covid-19 para profissionais de saúde esteve abaixo do valor encontrado para não profissionais e população geral. Dados evidenciaram queda nas taxas de letalidade em todos os grupos após os respectivos períodos de vacinação, sendo evidente pela redução no ano 2. Alterações na taxa de letalidade para as ondas estão associadas ao período de imunização dos grupos e às características das variantes da fase.
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