SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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42137 - DESENVOLVIMENTO DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE EPIDÊMICA E A EPIDEMIA DE COVID-19 NO MUNICÍPIO DE SALVADOR-BA KIONNA OLIVEIRA BERNARDES SANTOS - ISC/UFBA, CHRISTINE STAUBER - GEORGIA STATE UNIVERSITY, ERIKA SANTOS DE ARAGÃO - ISC/UFBA, JURACY BERTOLDO - ISC/UFBA, MARCOS PEREIRA SANTOS - ISC/UFBA, ELIENE DOS SANTOS DE JESUS - ISC/UFBA, HUMBERTO LARGO LIVRAMENTO - ISC/UFBA, SAMILA SILVA SANTOS - ISC/UFBA, MARCIO NATIVIDADE - ISC/UFBA
Apresentação/Introdução Cenários epidêmicos tendem a intensificar desigualdades e iniquidades que estão presentes nas condições sociais e afetam de forma diferenciada o modo de vida e a saúde das pessoas.
Objetivos Apresentar o processo de desenvolvimento de um índice resumido para classificar as áreas vulneráveis a epidemia, como a de COVID-19 em Salvador - Bahia, Brasil.
Metodologia Para o desenvolvimento do Índice de Vulnerabilidade Epidêmica (IVE) foi conduzida busca na literatura científica, para definição dos indicadores. Em seguida, realizou-se coletas de dados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, por meio do Censo 2010, no Sistema de Informação de Mortalidade, Sistema de Internações Hospitalares, Sistema de Agravos e Notificação e dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. A construção do índice foi baseada no método do Índice de Saúde Urbana. Um total de 155 bairros foram analisados e no final definiu-se o intervalo de 0,042-0,420 para o IVE. Quanto maior a pontuação, maior a vulnerabilidade ao COVID-19.
Resultados Itaigara foi o bairro estimado com menos fatores de risco para COVID-19 e Cassange teve os maiores fatores de risco para COVID-19. O índice de disparidade (classificação dos 10% mais baixos para os 10% mais altos) foi de 3,2. Bairros como o Subúrbio Ferroviário, Itapuã, Itapagipe e Liberdade apresentam alta vulnerabilidade epidêmica. Enquanto o bairro Barra Rio Vermelho, que concentra os bairros mais ricos da cidade, apresentou menor vulnerabilidade epidêmica. Também é possível observar que a maioria dos bairros da capital baiana apresentam graus variados de vulnerabilidade epidêmica de intermediário a alto.
Conclusões/Considerações A utilização do IVE apresentou evidências que não se restringem ao contexto da pandemia do COVID 19. As dimensões analisadas representam estados de vulnerabilidade de regiões para outras doenças transmissíveis com forte marcador social de vulnerabilidade.
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