Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

42018 - O COTIDIANO DE UM CAPS, LOCALIZADO NUM MUNICÍPIO DE PEQUENO PORTE, NA REGIÃO CENTRO SUL FLUMINENSE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, DURANTE A PANDEMIA DE COVID19
OLÍVIA BARBOSA MIRANDA - ENSP/FIOCRUZ, VERA LÚCIA EDAIS PEPE - ENSP/FIOCRUZ, LILIAN MIRANDA - ENSP/FIOCRUZ


Período de Realização
Março a maio de 2020, durante período de distanciamento social devido à pandemia de Covid19.

Objeto da experiência
Rearranjos institucionais para manutenção do cuidado a usuários do CAPS durante distanciamento social imposto pela pandemia de Covid19.

Objetivos
Analisar os efeitos produzidos a partir dos rearranjos institucionais e estratégias de cuidado desenvolvidas, em consequência da pandemia, com vistas à continuidade do cuidado prestado a pessoas assistidas no CAPS do município de Mendes, RJ.

Metodologia
Metodologia qualitativa. Este relato de experiência apoia-se na análise de documento produzido à época pela autora, para fins de compartilhamento em coletivo de trabalhadores da atenção psicossocial do estado do Rio de Janeiro. Lança-se mão da elaboração analítica da autora sobre a própria experiência passada, uma vez que esta atuava e atua como trabalhadora no CAPS do município de Mendes - RJ, que compõe a região Centro Sul fluminense do estado.

Resultados
Suspensão de todas as atividades coletivas. Priorizadas modalidades de atendimentos à distância, através de recursos tecnológicos disponíveis. Mantidas as consultas médicas com a psiquiatria e priorizada a renovação de receitas. Agendamentos presenciais são exceção, com orientações sobre questões de biossegurança. Suspensas visitas domiciliares. Rede hospitalar como principal parceira na atenção à crise. Parceria com APS e rede socioassistencial considerada importante nesse momento.

Análise Crítica
A pandemia evidenciou fragilidades já existentes. Associar as medidas de biossegurança para proteção de trabalhadores e usuários à manutenção do cuidado, de modo a não gerar desassistência, mostrou-se desafiador. Observada a necessidade de mais recursos para o manejo da crise nos CAPS, de modo a reduzir ao máximo o encaminhamento para rede hospitalar. A manutenção de casos graves estáveis se deu principalmente através da medicação. Muitos usuários não foram beneficiados pelo atendimento remoto.

Conclusões e/ou Recomendações
A incorporação das tecnologias à Atenção Psicossocial mostra-se um caminho promissor. Outro avanço tem sido o estreitamento do trabalho em rede e com os serviços hospitalares de urgência e emergência, embora o tensionamento entre serviços ainda se faça presente. Espera-se um aumento na demanda aos serviços de saúde mental. Além disso, a aposta na autonomia dos usuários também desponta como promissora a partir desse cenário.