Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

41891 - TRABALHO E ESGOTAMENTO PROFISSIONAL DE MÉDICOS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
ANA CAROLINA WATANABE - FACULDADE SANTA MARCELINA, CARLA ROBERTA FERRAZ RODRIGUES - FACULDADE SANTA MARCELINA


Apresentação/Introdução
Em função do atual cenário da pandemia de Covid-19, o Sistema Único de Saúde necessitou de transformações consideráveis, como uma reorganização e uma reestruturação, tanto no modelo de atendimento, quanto nas dinâmicas de trabalho locais. A Atenção Primária à Saúde também enfrentou esse processo, fato que levou a diversas alterações de cunho psicológico em seus profissionais



Objetivos
Identificar o impacto da pandemia de Covid-19 sobre os médicos da atenção primária à saúde (ESF) e na dinâmica das Unidades Básicas de Saúde.

Metodologia
Foram seguidas as recomendações dos Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Metaanálises (PRISMA). Com isso, uma pesquisa foi realizada nas bases de dados US
National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo),utilizando como norteadores os descritores definidos previamente: “Saúde Mental”,“Médicos”, “Brasil”, “Covid-19”, “Atenção Primária à Saúde”, sendo todos estes combinados com o operador booleano “OR”. Durante a pesquisa, foram encontrados 128 resultados. Após aplicação de todos os critérios de exclusão, foi realizada a leitura do texto completo de 15 artigos, dos quais 5 foram selecionados para a síntese desta revisão.

Resultados
A calamidade pública instaurada pela pandemia de Covid19 culminou com a piora do quadro de saúde mental dos médicos da Atenção Primária à Saúde. A necessidade de reestruturar o atendimento, bem como adaptar as medidas de atenção e de fluxo de pacientes levou os profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família a atingirem picos de estresse, em função da sobrecarga trabalhista trazida pelo cenário pandêmico. A soma desses fatores resultou em alterações psicossociais e físicas aos profissionais da saúde, levando ao aumento dos transtornos de ansiedade, depressão, sensação de angústia, baixa autoestima e pânico constante.



Conclusões/Considerações
Em concordância com os resultados encontrados por meio desta revisão, outros estudos realizados em bases de dados de referência comprovaram a fragilidade emocional do profissional de saúde frente ao cenário de extrema incerteza da Covid19.
Sequelas emocionais, estiveram e estão presentes e necessitam ser enxergadas, pelo sistema de saúde e por quem as sofreu, para que sejam adequadamente tratadas.