41731 - REPERCUSSÕES NAS VIAS DE NASCIMENTO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: ANÁLISES PRELIMINARES COMPARATIVAS DE DOIS INQUÉRITOS JOSIANNE DIAS GUSMÃO - SECRETÁRIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS. SUBSECRETÁRIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. BELO HORIZONTE, MG, BRASIL., ISABELA CAROLINA DE PAULA OLIVEIRA - ACADÊMICA DO CURSO DE ENFERMAGEM DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL., LETÍCIA MARCELLA CORDEIRO SOARES GERALDO - ACADÊMICA DO CURSO DE ENFERMAGEM DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL., THALES PHILIPE RODRIGUES DA SILVA - PÓS-DOUTORANDO NO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM, ESCOLA DE ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL., ANA PAULA VIEIRA FARIA - PÓS-DOUTORANDA NO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM, ESCOLA DE ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL., MARIANA SANTOS FELISBINO MENDES - DOUTORA E PROFESSORA ADJUNTA NO DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MATERNO-INFANTIL E SAÚDE PÚBLICA, DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL., LUANA CAROLINE DOS SANTOS - DOUTORA E PROFESSORA ASSOCIADA DO DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO, DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL., CAMILA KÜMMEL DUARTE - DOUTORA E PROFESSORA ADJUNTA DO DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO, DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL., MARIA ALBERTINA DE ALMEIDA PEREIRA CANASTRA - UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE MATOSINHOS - PORTUGAL, FERNANDA PENIDO MATOZINHOS - DOUTORA E PROFESSORA ADJUNTA NO DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MATERNO-INFANTIL E SAÚDE PÚBLICA, DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL.
Apresentação/Introdução No contexto pandêmico de Covid-19, o cenário obstétrico brasileiro, já caracterizado por cesarianas desnecessárias, violência obstétrica e intervenções obstétricas não baseadas em evidências científicas, pode ter sido agravado, além de ser possível observar a modificação das condutas profissionais no trabalho de parto e parto.
Objetivos Avaliar as repercussões da infecção por SARS-CoV-2 (suspeita ou confirmada) e do contexto da pandemia nas vias de nascimento.
Metodologia Estudo transversal e comparativo, com dados preliminares, entre duas pesquisas realizadas pré e durante a pandemia: “Nascer no Brasil: Pesquisa Nacional sobre Parto e Nascimento” (CAAE: 0096.0.031.000-10) e “Parto e aleitamento materno em filhos de mães infectadas por Sar-CoV-2" (CAAE: 32378920.6.1001.5149), respectivamente. Em relação a este último inquérito, os dados foram coletados no período de 2021 e 2022, em três maternidades da cidade de Belo Horizonte/Minas Gerais, Brasil. Foram realizadas análises estatísticas descritivas com frequências absolutas e relativas e as diferenças entre os grupos foram avaliadas utilizando métodos de testes estatísticos paramétricos e não paramétricos.
Resultados Foi observada uma ocorrência de 30 (2.01%) mulheres infectadas por SARS-CoV-2 e 682 (45,75%) não infectadas, em uma amostra de 1.491 gestantes. Em relação à via de nascimento, pré-pandemia (Inquérito Nascer no Brasil), com uma amostra de 1088 gestantes, observou-se 600 (55,1%) por via vaginal e 488 (44,9%) via cesariana e, durante a pandemia, nas mulheres infectadas por Covid, 13 (48,2%) eram cesarianas e 14 (51.9%) vaginais. Nas mulheres não infectadas, 210 (30,9%) tiveram cesarianas e 469 (69,1%) foram vaginais. Tendo, portanto, uma diferença estatisticamente significativa (P<0.001).
Conclusões/Considerações Os resultados preliminares podem inferir que as mulheres não infectadas tiveram uma prevalência maior de partos vaginais em comparação às mulheres infectadas e em relação às mulheres incluídas na pesquisa “Nascer no Brasil”, realizada pré-pandemia. Esses resultados podem sugerir de que, nas mulheres infectadas, há uma tendência de aumento dos partos via cesariana.
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