SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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41563 - MUDANÇAS NA ALIMENTAÇÃO DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 MARIJOE BRAGA ALVES SIMÕES - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL HESIO CORDEIRO – UERJ, ANNA BEATRIZ SOUZA ANTUNES - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL HESIO CORDEIRO – UERJ, JOANA MAIA BRANDÃO - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL HESIO CORDEIRO – UERJ, MAGNO CONCEIÇÃO GARCIA - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL HESIO CORDEIRO – UERJ, RENATA DA ROCHA MUNIZ RODRIGUES - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL HESIO CORDEIRO – UERJ, ROSELY SICHIERI - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL HESIO CORDEIRO – UERJ
Apresentação/Introdução O ano de 2020 foi marcado pelo surgimento da pandemia de Covid-19. Cumprindo medidas de prevenção, grande parte dos brasileiros passou a ficar mais tempo em casa. O fechamento dos sistemas educacionais afetou a rotina dos estudantes universitários, que passaram a ter aulas mediadas pela tecnologia, com muitas horas em frente ao computador, afetando seu consumo alimentar.
Objetivos Avaliar mudanças do consumo alimentar de estudantes universitários durante a pandemia de Covid-19, segundo sexo e estado nutricional.
Metodologia Estudo transversal, com dados coletados entre agosto de 2020 e março de 2021, através de questionário enviado por e-mail para todos os alunos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ingressantes em 2019 e maiores de 18 anos. A alteração no consumo alimentar de 29 itens foi avaliada pela frequência de aumento ou de redução do consumo de cada item. A análise foi realizada utilizando uma ponderação amostral segundo curso e sexo. Foram estimadas as prevalências ponderadas dos consumos, intervalo de confiança de 95% e análises de associação por regressão logística binomial, ajustada por idade, de acordo com o sexo e estado nutricional, utilizando o software SAS OnDemand.
Resultados Responderam ao questionário 771 alunos. Doces (52%) e ovos (49%) apresentaram maior relato de aumento no consumo, enquanto bebidas alcoólicas (36%) e salgadinhos de pacote (33%) maior redução. Mulheres tiveram menos chance de aumentar o consumo de refrigerantes tradicionais (OR:0,7; IC:0,5-1,0) e mais chance de aumentar o de pipoca (OR:1,4; IC:1,0-1,8) em relação aos homens. Universitários com excesso de peso tiveram mais chance de aumentar o consumo de pipoca (OR:1,4; IC:1,0-2,0) e sucos naturais (OR:1,6; IC:1,1-2,3), e menos chance de aumentar o consumo de refrigerantes tradicionais (OR:0,7; IC:0,5-0,9) e reduzir o consumo de álcool (OR:0,7; IC:0,5-1,0), em relação aos sem excesso de peso.
Conclusões/Considerações O período de isolamento social produziu mudanças no consumo alimentar dos universitários, que indicam aumento no consumo de doces e redução de salgadinhos de pacote. A redução no consumo de bebidas alcoólicas foi, provavelmente, decorrente do fechamento de bares e restaurantes. As diferenças mais marcantes foram para refrigerantes tradicionais e pipoca, para sexo, e sucos naturais, pipoca e consumo de bebidas alcoólicas para estado nutricional.
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