Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

41321 - ÁGUAS DESCONHECIDAS: USANDO METÁFORAS E NARRATIVAS PARA CUIDAR DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DURANTE A COVID-19.
REBECCA E. OLSON - UNIVERSITY OF QUEENSLAND - BRISBANE/AUSTRÁLIA, DANIELA MONTANO WILHELMS - GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO - PORTO ALEGRE/BRASIL


Apresentação/Introdução
Este vídeo explora as narrativas de profissionais de saúde australianos, brasileiros e neozelandeses sobre a COVID-19. A metafórica expedição por águas desconhecidas nos apoia na sintonia das emoções. Permitir que nos reconheçamos na história de outra pessoa, transformar um objeto de medo em algo mais familiar e encontrar significado no sofrimento se mostra vital em um contexto de recuperação.

Objetivos
A pesquisa explora experiências de profissionais de saúde durante a pandemia COVID-19 e investiga cruzamentos das sociologias da saúde e da emoção, empregando abordagens participativas e reflexivas com uso de recurso artístico audiovisual.

Metodologia
O ponto de partida é um ensaio que examina reflexivamente as histórias de profissionais de saúde na Austrália, Brasil e Nova Zelândia na linha de frente da COVID-19. Para possibilitar a expressão de seus conhecimentos, ações, sentimentos e reflexões foram empregadas entrevistas e abordagens narrativas com suporte da pesquisa participativa. O vídeo foi elaborado em parceria com uma das entrevistadas e traz à luz o que significa ser um profissional de saúde e suas experiências durante a pandemia.

Resultados
O vídeo invoca o engajamento visual com metáforas de água, frequentemente presentes nos relatos. A história traçada começa com a gênese, e continua então para o acerto de contas, resolução e ressurgimento. Nessa jornada, metáforas de maremotos, viagens marítimas, exploração submarina, enchentes e submersão atendem ao perigo, perda e incerteza tecidas nas histórias dos profissionais de saúde. No contexto da pandemia, narrativas e metáforas nos ajudam a transformar o objeto de nosso medo, como uma nova doença ou variante, em algo mais familiar. Na contação de histórias, nos reconhecemos na história do outro, permitindo encontrar sentido em nosso próprio sofrimento.

Conclusões/Considerações
Enquanto lutamos para nos acostumar com esta viagem, devemos cuidar dos pacientes, mas também cuidar dos profissionais de saúde. As histórias são essenciais para esse cuidado. Por meio da narrativa, medo e perda se tornam atores em nosso drama e nos tornamos capazes de dirigir esse drama. Além de nomear e conter nossos medos e incertezas, as histórias – ainda que bem viajadas e clichês – permitem que se reconheça quem somos e como queremos ser.