SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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41068 - FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA AS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS ENTRE TRABALHADORES DE SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 LEONARDO HENRIQUES PORTES - UERJ, GISELE DE SOUZA VIEIRA - UERJ
Apresentação/Introdução A COVID-19 é uma preocupação global. Os profissionais de saúde são fundamentais para o controle da pandemia e funcionamento dos serviços. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são responsáveis por 70% de todas as mortes no mundo e pelo aumento da mortalidade dos pacientes com COVID-19. Durante a pandemia, observa-se a mudança dos estilos de vida quem elevam os riscos para as DCNT.
Objetivos Analisar fatores de risco e proteção para as DCNT entre os trabalhadores de saúde de uma unidade de saúde de média complexidade durante a pandemia de COVID-19.
Metodologia O estudo abordou trabalhadores de saúde da Policlínica Piquet Carneiro (PPC) da Universidade do Estado Rio de Janeiro (UERJ). A pesquisa faz parte do projeto de extensão PPC Livre do Tabaco. Trata-se de um estudo transversal realizado a partir de um questionário formulado na plataforma Formulários Google® com perguntas objetivas aplicado a trabalhadores da PPC em outubro de 2021. As perguntas abordaram o perfil dos participantes e aspectos relacionados ao tabagismo, consumo de bebidas alcóolicas e refrigerantes/sucos artificiais, à alimentação e à prática de exercícios físicos após o início da pandemia. Foram apresentadas as estimativas dos fatores de risco e proteção para as DCNT analisados.
Resultados O questionário foi respondido por 138 trabalhadores. Dentre eles, 54,3% são profissionais de saúde, 31,9% são trabalhadores das áreas de apoio e 13,8% são docentes. A maioria dos participantes são do sexo feminino (70,2%), possuem entre 30 e 49 anos (60,1%) e são pós-graduados (64,5%). 4,3% são fumantes e, pelo menos três vezes por semana, 8,7% consomem bebida alcóolica e 29,7% refrigerante/suco artificial. Regularmente, 58% consomem legumes/hortaliças e 45% realizam exercícios. Com a pandemia, houve diminuição da realização de exercícios para 41,3% dos participantes. O aumento do consumo de bebida alcóolica e refrigerante/suco artificial correspondeu ao dobro da redução do consumo.
Conclusões/Considerações A piora dos estilos de vida durante a pandemia foram mais intensas na população adulta com DCNT. Identificou-se menor prevalência de fumantes e maior consumo de legumes/hortaliças e realização de exercícios em relação aos achados de inquéritos nacionais semelhantes. Ações de saúde do trabalhador devem ser estimuladas visando maior qualidade de vida, a prevenção de DCNT e, consequentemente, melhor prestação de serviços no âmbito do SUS.
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