Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

40800 - REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA COVID-19 E DO DISTANCIAMENTO SOCIAL PARA UMA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA EM MEIO À PANDEMIA
ALBERTO MESAQUE MARTINS - UFMS, THIAGO MIKAEL-SILVA - UFMG, CECÍLIA LIMA SANDOVAL - UFMS, LUIS EDUARDO LAZARIN NOLASCO - UFMS, ZAIRA DE ANDRADE LOPES - UFMS, CREMILDO JOÃO BAPTISTA - UFMS


Apresentação/Introdução
Desde os primeiros casos da COVID-19, a população vem sendo pressionada a produzir saberes sobre o tema. Assim como outros grupos, a comunidade acadêmica se deparou com a necessidade de continuar suas atividades, ao mesmo tempo que buscavam compreender e se posicionar diante de uma doença desconhecida, da adoção de novos hábitos em saúde e do cumprimento das medidas de distanciamento social.

Objetivos
O estudo teve como objetivo identificar e analisar as Representações Sociais (RS) produzidas e compartilhadas por uma comunidade universitária do centro-oeste brasileiro sobre “coronavírus”, “COVID-19”, “isolamento social” e “pandemia”.

Metodologia
Participaram do estudo 2627 pessoas, docentes, discentes e técnicos de uma universidade pública federal do Centro-Oeste. Os participantes responderam um formulário virtual, autoadministrado durante os meses de junho e julho de 2020, primeiro ano da pandemia. Foi utilizada a Técnica de Associação Livre de Palavras, sendo solicitado aos participantes que escrevessem as palavras e expressões que lhe vierem à mente a partir dos termos indutores: “Coronavírus”, “COVID-19”, “Isolamento Social” e “Pandemia”. Os dados foram analisados com auxílio do software IRAMUTEQ, gerando uma análise prototípica.

Resultados
As representações sociais apresentam elementos associados aos impactos desses objetos na vida cotidiana, nos comportamentos e afetos do público investigado. Em relação aos indutores “coronavírus” e “COVID-19”, os elementos centrais semanticamente mais relevantes que compõe o núcleo central foram “morte”, “medo” e “isolamento”, estando conectados, na periferia do sistema, aos termos “doença”, “vírus”, “contágio”, “hospital” e “dor”. Quanto ao isolamento social, os elementos centrais do núcleo central foram “família” e “necessário”. No núcleo central do termo “pandemia” também constam elementos relacionados às implicações afetivas da propagação da “doença”, como “medo”, “doença” e “mundo”.

Conclusões/Considerações
Dada a complexidade da pandemia, faz-se necessário investir em estudos que compreendam os modos de pensar, sentir e agir de diferentes grupos sociais. As representações sociais analisadas revelam os impactos da pandemia na vida cotidiana, nos comportamentos que tiveram que ser modificados como estratégias de enfrentamento e nos afetos, gerando sentimentos de medo e insegurança, podendo comprometer a saúde e as práticas de cuidado da população.