Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

40677 - PREVALÊNCIA DE BULLYING ENTRE ESCOLARES DURANTE O ENSINO REMOTO: INQUÉRITO ESTADUAL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
IRANEIDE ETELVINA LOPES - UECE, EVELYNE FERREIRA DE CASTRO MORENO - SEDUC/CE, GABRIEL PEREIRA MACIEL - UECE, ISABELA NATASHA PINHEIRO TEIXEIRA - UECE, JANIEL FERREIRA FELÍCIO - UECE, KELLYANE MUNICK RODRIGUES SOARES - UECE, LAÉCIO DE LIMA ARAUJO - UECE/UESPI, VICTOR HUGO SANTOS DE CASTRO - UECE, WALLINGSON MICHAEL GONÇALVES PEREIRA - UECE, VALTER CORDEIRO BARBOSA FILHO - UECE


Apresentação/Introdução
O bullying se constitui como um conjunto de ações violentas praticadas contra um indivíduo. As vítimas sentem dificuldades para estudar, se relacionar, na autoestima, saúde mental, além de terem atitudes limites, como o suicídio. Compreender a ocorrência desse fenômeno na pandemia de Covid-19 poderá potencializar ações para o seu enfrentamento durante e subsequentes a esta crise sanitária.

Objetivos
Investigar a prevalência do bullying entre adolescentes no período da pandemia de Covid-19.

Metodologia
Estudo transversal de amostra probabilística e por conglomerados, com estudantes do ensino médio da rede federal de ensino, realizado de agosto a outubro de 2021, com autopreenchimento de questionário. Foi perguntado aos adolescentes se eles sofreram algum tipo de violência, por parte de colegas, no último mês, tendo como opções de respostas (“Nunca”, “Raramente”, “Às vezes”, “Na maior parte do tempo” e “Sempre”). Os últimos quatro itens de respostas foram categorizados em “Presença de situações de bullying” e o item “Nunca” como “Ausência de bullying”. Na análise das prevalências comparou-se o desfecho entre os grupos sexo, idade e região, com o teste qui-quadrado considerando p<0,05.

Resultados
Participaram da pesquisa 1.303 adolescentes, de ambos os sexos (50,9% meninas). Um total de 16,9% dos participantes relatou ter sofrido bullying no último mês. Na análise por sexo, não houve diferença significativa (p=0,78). As meninas apresentaram um percentual de bullying ligeiramente maior (17,2%) do que os meninos (16,6%). Quanto à idade, houve diferença significativa, onde os adolescentes de 17 anos foram os que mais relataram ter sofrido bullying (23,62%); p= 0,001. Não houve diferença significativa (p=0,213) nas regiões analisadas. Os municípios de Aracati e Tabuleiro do Norte foram os que mais obtiveram adolescentes que relataram ter sofrido bullying (19,89%).

Conclusões/Considerações
Aproximadamente dois em cada dez escolares relataram situação de bullying no período da pandemia, com atividades de ensino remoto. É importante enaltecer a convivência entre os estudantes, por meio de um acolhimento afetivo, interativo e motivador. O enfrentamento ao bullying pode ser norteado a partir de princípios de promoção e educação em saúde, da integralidade e da intersetorialidade.