SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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40237 - PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VIVENDO EM ACOLHIMENTOS INSTITUCIONAIS: CONSEQUÊNCIAS DA COVID-19, AUTONOMIA E ORGANIZAÇÃO DA REDE DE CUIDADO JÉSSICA DE SOUZA LOPES - UNB, ÉVERTON LUÍS PEREIRA - UNB, DIEGO FERREIRA LIMA SILVA - UNB
Apresentação/Introdução As histórias das pessoas com deficiência (PcD) são marcadas por exclusão, abandono e desproteção. Além da falta de inclusão, muitas PcD vivem em acolhimentos institucionais desde a infância. Esses não possuem redes que auxilie na proteção social e são pouco olhados pelo Estado e pela academia. Destaca-se a crise sanitária da COVID-19 que impactou a realidade das PcD institucionalizadas.
Objetivos O projeto tem como objetivo conhecer a realidade das pessoas com deficiência que vivem em instituições de acolhimento no DF durante e após a pandemia da COVID-19.
Metodologia Conhecer a trajetória e realidade, antes e durante a pandemia da COVID-19, de pessoas com deficiência que vivem em instituições de acolhimento no DF, através de abordagem quanti-qualitativa, com análise de dados secundários, coleta de dados primários com formulário estruturado nas instituições identificadas; etnografia em 3 instituições a serem selecionadas, sendo que todas receberão o formulário citado; entrevista semi-estruturada; e coleta/análise de prontuário/ficha cadastral dos acolhidos. Planejamento, coleta de dados, análise e apresentação de resultados será desenvolvida em 24 meses. A pesquisa foi aprovada pelo CEP FS/UnB.
Resultados Com dados do Censo SUAS (2020), foram mapeadas 37 instituições no DF, totalizando 1133 pessoas acolhidas, sendo apenas 1 que atende exclusivamente PcD, com 10 acolhidos no total. O restante separa seus acolhidos em: Adultos(as) e famílias; Crianças/adolescentes e pessoas idosas. A região administrativa da Ceilândia, abriga o maior número de acolhidos (27%), seguido por Taguatinga (24.3%); 19 instituições possuem acolhidos com deficiências e há mais de 19 meses. 83,78% (31) desses serviços são prestados por organizações do terceiro setor, sendo que 89,18% (33) delas têm convênio com o poder público. 83,78% (31) das instituições informaram casos de COVID-19 entre os acolhidos ou profissionais.
Conclusões/Considerações É esperado a contribuição com o levantamento de evidências que influenciam para a elaboração de políticas de proteção social às pessoas com deficiência que vivem em instituições de acolhimento no DF. As evidências podem auxiliar na elaboração de políticas públicas e para transformação da realidade dessa população, além de cooperar para a organização da rede de atenção à pessoa com deficiência e a rede de cuidados.
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