Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

40105 - DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS E REGIONAIS NA LETALIDADE POR SRAG-COVID 19 NO BRASIL EM 2021.
ROBERTA LOPES VARJÃO VILLELA O. FIGUEIREDO - UFBA-PPGSAT, FERNANDO RIBAS FEIJÓ - UFBA-PPGSAT, DENISE NUNES VIOLA - UFBA-PPGSAT


Apresentação/Introdução
A saúde tem na regionalização e no território uma estratégia para os princípios da integralidade e universalização. Todavia, este território é marcado por condições muito desiguais devido à exploração econômica neoliberal, que compromete a saúde. Na pandemia de Covid-19, as desigualdades em saúde aumentaram, sendo necessário conhecer a distribuição dos desfechos graves relacionados à doença.

Objetivos
Descrever os casos de SRAG por Covid-19 no Brasil em 2021 e analisar desigualdades na letalidade pela doença.

Metodologia
Estudo transversal, descritivo, com dados do SIVEP-GRIPE e SINAN. Foram incluídos todos os casos dos pacientes hospitalizados por SRAG e Covid-19 no ano de 2021 no Brasil, sendo analisados pacientes diagnosticados por critério clinico, epidemiológico e laboratorial, considerando os que evoluíram para óbito. Foram calculadas as frequências absolutas e relativas dos óbitos, de acordo com as variáveis sociodemográficas. A análise foi realizada software R com apoio do pacote Rcomander.

Resultados
Dos 1.048.575 casos de SRAG, foram analisados 725.123 casos por Covid-19. Verificaram-se desigualdades na letalidade por SRAG-Covid em relação ao gênero, com maior repercussão nas mulheres, baixa escolaridade analfabetos, raça preta e parda e faixa etária entre 20-30 anos, população economicamente ativa. Identificaram-se, ainda, diferenças regionais na ocorrência do desfecho conforme território, com maior frequência de óbitos onde há predominância do agronegócio e de baixos indicadores econômicos.

Conclusões/Considerações
As análises transversais da SRAG-Covid evidenciam diferenças socioeconômicas e territoriais na letalidade por SRAG-Covid. Tais diferenças apontam focos para prevenir esse desfecho da população brasileira, sendo necessário um olhar para a equidade em saúde nas ações de combate à COVID-19. Há a necessidade de repensar o modelo de desenvolvimento econômico nacional, que se correlaciona com exposições ambientais e determinantes socioeconômicos.