SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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40084 - COVID-19 E O TRABALHO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: PERSPECTIVA DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE ANYA PIMENTEL GOMES FERNANDES VIEIRA-MEYER - FIOCRUZ-CE, UNICHRITUS, FRANKLIN DELANO SOARES FORTE - UFPB, JOSÉ MARIA XIMENES GUIMARÃES - UECE, CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO - UFPI, FERNANDO JOSÉ GUEDES DA SILVA JÚNIOR - UFPI, SIDNEY FEITOZA FARIAS - FIOCRUZ-PE, ANDRÉ LUIZ SÁ DE OLIVEIRA - FIOCRUZ-PE, MARISTELA INÊS OSAWA VASCONCELOS - UVA-CE, MARIA ROSILENE CÂNDIDO MOREIRA - UFCA
Apresentação/Introdução A pandemia da Covid-19 representa um dos maiores desafios sanitários em escala mundial deste século, desafiando os sistemas de saúde, a sociedade e a ciência.
Objetivos O objetivo foi analisar as repercussões da Covid-19 no trabalho das equipes de saúde da família, em diferentes cenários (cidades com diferentes contextos e portes populacionais no nordeste brasileiro), sob a perspectiva dos ACS.
Metodologia Trata-se de um estudo quantitativo transversal multicêntrico envolvendo ACS de quatro capitais (Fortaleza-CE, João Pessoa-PB, Recife-PE, Teresina-PI) e quatro cidades do interior (Crato-CE, Juazeiro do Norte-CE, Barbalha-CE e Sobral-CE) do Nordeste brasileiro. Aplicou-se questionário estruturado sobre a Covid-19 e o trabalho do ACS, assim como da equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF). Os dados foram analisados descritivamente e comparando os municípios estudados (Qui-quadrado; nível de significância de 5%.
Resultados Participam 1.935 ACS, com idade média de 46,25 (DP=8,54) anos, 82,4% do sexo feminino, 39,9% relataram infecção por Covid-19 e 54,2% ficaram com sequela; sendo que dos infectados, 91,6% acreditam terem sido infectados no trabalho. 77,82% consideram estar na linha de frente no enfrentamento da Covid-19 e 16,1% informaram ter recebido treinamento. A maioria relatou diminuição da frequência das visitas domiciliares (60,5%), do Programa Saúde na Escola (93,9%), das atividades de promoção da saúde (75,6%), e atendimentos na comunidade (66,0%). Os percentuais variaram significativamente nos diferentes cenários, o que demonstra que o impacto da Covid-19 foi heterogêneo.
Conclusões/Considerações A pandemia da Covid-19 demandou reorientação dos sistemas locais de saúde, do trabalho e dos fluxos e protocolos da atenção à saúde a serem adotados pelos ACS. Defende-se a necessidade de reorganização dos serviços e das condições de trabalho, com vistas a oferta de cuidado seguro e reforça-se a mobilização em torno da defesa do SUS e de sua potência para a reorganização em tempos de crises, não comprometendo as ações que já são realizadas.
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