SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)
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39935 - IMPACTOS DA PANDEMIA QUANTO AO ACESSO E PERMANÊNCIA DE ALUNOS DA ÁREA DA SAÚDE EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR PRIVADA NO ESPÍRITO SANTO - E.S. CAROLINE FEITOSA DIBAI DE CASTRO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES, THIAGO DIAS SARTI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES, ANA PAULA SANTANA COELHO DE ALMEIDA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES, FRANCINE ALVES GRATIVAL RAPOSO - ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM, JULIANA FEITOSA DIBAI CÂNDIDO - FACULDADE UNIMED, MARIA ANGÉLICA CARVALHO ANDRADE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES
Apresentação/Introdução O modelo de expansão da educação superior adotado no Brasil teve como diretriz central o crescimento de instituições de ensino superior privado aliado a ampliação da abrangência e a diversidade de políticas de financiamento público estudantil, tornando-se pertinente e relevante atentar quanto às repercussões geradas pela pandemia de Covid-19 nas múltiplas dimensões desse cotidiano acadêmico
Objetivos Descrever o impacto que a pandemia de COVID-19 gerou nos estudos de graduação da área da saúde quanto ao acesso e permanência dos discentes na IES privada estudada.
Metodologia A população do estudo foi todos os alunos da graduação dos cursos da área de saúde: medicina, enfermagem, fisioterapia e serviço social matriculados no ano de 2021 (1.475) na IES privada no estado Espírito Santo. O universo amostral foi de 58% desses alunos (N=848). Foi utilizado um formulário digital google forms, com tempo médio de preenchimento de 30 minutos, a análise descritiva foi feita através de pacote Excel 2010 e foram levantadas as frequências. A pesquisa seguiu todos os padrões regulamentares de liberação do Comitê de Ética em pesquisa e os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido de forma digital.
Resultados O valor das mensalidades foi considerado como muito caro (48,7%) e caro (35%), em um cenário com 49% de alunos pagantes integrais, 31% bolsistas PROUNI, 13% bolsistas institucionais e 5% com Nossa Bolsa. Com relação aos efeitos da pandemia sobre os custeios, em 2021, 56% dos alunos mantiveram suas mensalidades em dia, 35% afirmaram não terem sido afetados e 7% tiveram inadimplência junto a IES. Em relação ao grau de dificuldade que a pandemia gerou na família,53% tiveram nenhum efeito/pouco efeito para custear a graduação. Ressalta-se que 25% dos alunos tiveram o responsável pelo custeio de sua graduação sem trabalhar no ano de 2021, num contexto onde 80% dos alunos não trabalham.
Conclusões/Considerações Os auxílios direcionado aos alunos mediante as bolsas oferecidas pela Instituição, pelo PROUNI e/ou FIES tiveram um efeito protetor durante a pandemia mesmo quando considerado o cenário privado, denotando cada vez mais a importância das políticas educacionais no contexto crescente de desmonte das Universidades Federais e do fortalecimento do setor privado - em especial na mercantilização do curso de medicina – no sistema educacional brasileiro.
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