Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

39093 - IMAGINÁRIO DAS AMEAÇAS DA COVID-19 FRENTE A (IN)EXISTÊNCIA DO RISCO: PERSPECTIVA DE GESTANTES
POLIANA SOARES DE OLIVEIRA - UFMA, ÁGHATA GABRIELA FONSECA DE OLIVEIRA - UFMA, ERIKA BÁRBARA ABREU FONSECA THOMAZ - UFMA, RUTH HELENA DE SOUZA BRITTO FERREIRA DE CARVALHO - UFMA, MARIA TERESA SEABRA SOARES DE BRITTO E ALVES - UFMA, NALMA ALEXANDRA ROCHA DE CARVALHO POTY - UFMA, DINA STEFANY DE OLIVEIRA MOREIRA - UFMA, CAROLINA NÍVEA MOREIRA GUIMARÃES - UFMA, NAARA RAYANE MOURA CUTRIM - UFMA, ZENI CARVALHO LAMY - UFMA


Apresentação/Introdução
Durante a pandemia de COVID-19, as gestantes estiveram expostas a diferentes tipos de risco. Esses riscos passaram por múltiplas questões de suscetibilidade, assim como aspectos relacionados à própria doença, à falta de informação segura, de acesso aos serviços e a redução da rede de apoio, produzindo respostas psíquicas e comportamentais diversas.

Objetivos
Analisar a percepção de mulheres sobre a pandemia de COVID-19 durante a gestação.

Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada de 11/2020 a 05/2021, em duas maternidades de referência para atendimento de casos de COVID-19, em São Luís, Maranhão, com mulheres que vivenciaram a gestação na 1° onda da pandemia e tiveram diagnóstico de COVID-19 confirmado na gravidez. Entrevistas semiestruturadas, a partir de questionário estruturado e roteiro de entrevista, foram feitas, gravadas e transcritas, totalizando 20. Utilizou-se análise de conteúdo na modalidade temática e contribuições teóricas do Modelo de Crenças em Saúde, com base nas dimensões relativas à percepção individual de susceptibilidade e de gravidade frente à uma enfermidade.

Resultados
Foram identificadas 2 categorias temáticas: Percepção de susceptibilidade: a (in)existência do risco e Percepção de gravidade: o medo diante das incertezas. O reconhecimento da COVID-19 como um risco real se processou em diferentes momentos: a priori, as notícias veiculadas na televisão sobre a doença não causaram ameaça direta, ideia que se transformou à medida que testemunharam o adoecimento e morte de pessoas próximas ou após receberem a confirmação do próprio diagnóstico. A incerteza foi frequente nos relatos, diante dessa doença que não sabiam como se comportava e quais poderiam ser as consequências na gravidez e no desenvolvimento do bebê, o que provocou medo e preocupação excessivos.

Conclusões/Considerações
As mulheres só reconheceram o risco de contrair COVID-19 após experiências pessoais com a doença. Os sentimentos de medo e preocupação excessivos foram percebidos como capazes de afetar a saúde mental das participantes. Em conjunto, o adoecimento e os sentimentos desencadeados pela pandemia interferiram negativamente na vivência da gestação.