Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

38868 - PANDEMIA DE COVID-19 E OS FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA CIRURGIÕES-DENTISTAS NO CEARÁ DURANTE AS DUAS PRIMEIRAS ONDAS
RAUL ANDERSON DOMINGUES ALVES DA SILVA - UNICHRISTUS E UFC, LORENE RAMA FONSECA COSTA - UNICHRISTUS, LUMA VASCONCELOS MIRANDA - UNICHRISTUS, ADRIANO DE AGUIAR FILGUEIRA - UNIFOR, LUIZA MARIA DIAS FIRMEZA - UFC, ANA KARINE MACEDO TEIXEIRA - UFC


Apresentação/Introdução
Diante da pandemia de COVID-19 e dos riscos inerentes à sua prática laboral, o processo de trabalho dos profissionais de saúde bucal sofreu reformulações a fim de conter o avanço da pandemia e tornar os serviços de saúde mais seguros. O entendimento dessa nova realidade é importante para o direcionamento de estratégias que melhorem as ações desenvolvidas pelos profissionais no período pandêmico.

Objetivos
O objetivo do trabalho foi avaliar os fatores de risco para a COVID-19 em cirurgiões-dentistas (CD) no Ceará durante as duas primeiras ondas da pandemia.

Metodologia
Tratou-se de um estudo do tipo caso-controle, composto por 91 CD notificados com COVID-19 pelo e-SUS (casos) e 196 CD que não testaram positivo no período avaliado (controles), pareados por sexo e período de infecção (1ª e 2ª onda). Os dados foram coletados através de um questionário online composto por 3 blocos: fatores sociodemográficos, ocupacionais e comportamentais fora do ambiente de trabalho. A análise foi realizada no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) através de uma análise bivariada (Qui-quadrado e Fisher), seguida de um modelo de regressão logística, considerando um intervalo de confiança de 95%.

Resultados
Na 1ª onda da pandemia, os fatores de risco identificados foram: não atender paciente com suspeita ou confirmação de COVID-19 (OR=5,08); trabalhar no serviço público (OR=4,49); ter carga-horária maior que 40 horas (OR=5,34); ter tido contato com pessoa com COVID-19 fora do trabalho (OR=3,20). Enquanto os fatores de proteção foram: utilizar Equipamento de Proteção Individual adequado (OR=0,31); frequentar apenas serviços essenciais (OR=0,15). Já na 2ª onda, os fatores de risco foram: ser solteiro (OR=3,35); trabalhar no serviço público (OR:8,27); não trabalhar em clínica coletiva (OR:4,57) e não ter se vacinado ou estar com a vacinação incompleta para COVID-19 (OR=5,04).


Conclusões/Considerações
Conclui-se que os fatores de risco para COVID-19 entre os cirurgiões-dentistas avaliados variaram de acordo com a onda de infecção da pandemia. Além disso, fatores sociodemográficos, ocupacionais e comportamentais fora do ambiente de trabalho se estabeleceram como fatores de risco para COVID-19. Portanto, o seu reconhecimento é essencial para o refinamento do protocolo de medidas de proteção desses profissionais.