Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

38644 - DETERMINAÇÃO SOCIAL DA COVID-19 NO BRASIL: EPIDEMIOLOGIA ESPACIAL DO PROCESSO SINDÊMICO
JONATHA COSTA DOS SANTOS ALVES - UFS, CAÍQUE J. N. RIBEIRO - UFS, SHIRLEY V. M. A. LIMA - UFS, GABRIEL S. MORATO - UFS, LUCAS A. ANDRADE - UFS, MÁRCIO B. SANTOS - UFS, DAMIÃO DA C. ARAÚJO - UFS, ALLAN D. DOS SANTOS - UFS


Apresentação/Introdução
Devido à suscetibilidade universal, a pandemia de COVID-19 rapidamente atingiu escala global. No entanto, seus impactos afetam desproporcionalmente os estratos populacionais mais vulneráveis. No Brasil, o crescimento exponencial dos casos e a alta vulnerabilidade social agem sinergicamente para o agravamento da situação epidemiológica, especialmente na região Nordeste.

Objetivos
Deste modo, este estudo teve como objetivo analisar o padrão espacial da incidência de COVID-19 e sua associação com determinantes sociais de saúde (DSS) na região Nordeste do Brasil durante o primeiro ano de pandemia, em uma perspectiva sindêmica.

Metodologia
Nós conduzimos um estudo ecológico analítico que incluiu as notificações realizadas entre 27 de março de 2020 a 27 de março de 2021. A análise dos dados utilizou modelos de regressão global: Ordinary Least Squares (OLS) e Spatial Lag, e o Modelo de Regressão Multiescala Geograficamente Ponderado (MGWR).

Resultados
Observamos que o índice de Gini, taxa de analfabetismo e percentuais de pobreza e de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de idosos são preditores de maior incidência de COVID-19 no Nordeste brasileiro. Portanto, as iniquidades sociais foram associadas ao maior risco de transmissão da COVID-19 nos municípios do Nordeste do Brasil. Uma vez que as populações com maior vulnerabilidade social estiveram mais expostas ao risco do adoecimento.

Conclusões/Considerações
Portanto, nossos resultados podem ser úteis para a geração de novas hipóteses de estudos sobre o processo sindêmico e para a formulação de políticas públicas intersetoriais para as áreas de maior vulnerabilidade e minimizar a transmissão da doença.