Sessão Assíncrona


SA5.1 - ENFRENTAMENTO À PANDEMIA DE COVID-19 E SEUS IMPACTOS (TODOS OS DIAS)

38345 - AGEISMO NA PANDEMIA DA COVID-19: IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE DA PESSOA IDOSA
PRICILA OLIVEIRA DE ARAÚJO - UEFS, RANIELE ARAÚJO FREITAS - UFBA, ELYSANGELA DITTZ DUARTE - UFMG, LUCY JURE CARES - CENTRO DE SALUD FAMILIAR DOS DE SEPTIEMBRE, KATIUSKA ALVEAL RODRÍGUEZ - UNIVERSIDAD DEL DESARROLLO, VIVIANA GUERRA. - CORPORACIÓN MUNICIPAL DE VIñA DEL MAR, EVANILDA DE SOUZA SANTANA CARVALHO - UEFS


Apresentação/Introdução
A crise causada pelo coronavírus expôs a precariedade dos sistemas de saúde na América Latina e aprofundou o debate em torno do direito à saúde populações vulneráveis, incluindo pessoas idosas. O ageismo envolve estereótipos, preconceito e discriminação etária, foi potencializado na pandemia e virou notícia de jornal por veicular as manifestações e as implicações do ageismo para as pessoas idosas.

Objetivos
Analisar as implicações do ageismo para a saúde da pessoa idosa na pandemia da COVID-19.

Metodologia
Pesquisa qualitativa do tipo documental. Fontes de coleta de dados: Jornais O Globo, Folha de São Paulo, Elmostrador e Latercera. Critérios de elegibilidade: notícias sobre ageismo contra pessoas idosas, publicadas entre janeiro de 2020 a 30 de abril de 2021. Coleta de dados: seleção das notícias e exclusão das duplicadas; triagem de títulos e resumos; leitura na íntegra. A terceira e quarta fases foram realizadas por duas pesquisadoras de forma independente e às cegas e uma terceira resolveu as divergências, totalizando 89 notícias. Análise temática de Braun e Clarke (2006), referencial teórico de Ayalon;Tesch-Romer (2018) e apoio do software MAXQDA. Os aspectos éticos foram observados.

Resultados
As notícias do ageismo contra pessoas idosas nos jornais do Brasil foram do tipo opinião (78%), entrevistas (15%) e de outros tipos (5%). No Chile, 76% opinião, 5% entrevistas e 11% outros tipos. As implicações do ageismo para a saúde da pessoa idosa foram: danos na saúde psíquica emocional e física; banalização dos óbitos; desemprego e aposentadoria precoce; tensões intergeracionais o que indica que este fenômeno afeta não somente o nível individual, mas também estrutural, podendo tornar esta população idosa ainda mais vulnerável às iniquidades e desigualdades sociais e em saúde, bem como gerar mais necessidades e demandas por serviços públicos e de saúde.

Conclusões/Considerações
O ageismo vivenciado pelas pessoas idosas na pandemia da COVID-19 afeta não somente a saúde individual, mas a família, comunidade e sociedade. Medidas de enfrentamento são necessárias juntos aos grupos que originam este fenômeno, nos meios de comunicação, na esfera pública e na formação profissional, bem como se desenvolver e implementar políticas públicas capazes de incluir a pessoa idosa, respeitar seus direitos e autonomia.