Sessão Assíncrona


SA4.3 - DESAFIO E ESTRATÉGIAS PARA O DIREITO À SAÚDE EM CONTEXTOS DE CRISE (TODOS OS DIAS)

42749 - MULHERES, CIÊNCIA E ATIVISMO DIGITAL NA PANDEMIA DA COVID-19: ANÁLISE DE ENQUADRAMENTO E O CASO DA REDE BRASILEIRA DE MULHERES CIENTISTAS (RBMC)
FRANCISCA ELIZABETH CRISTINA ARAÚJO BEZERRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC), AMANDA PINHEIRO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC), LUCÍA BELÉN PÉREZ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC), CARMEM EMMANUELY LEITÃO ARAÚJO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC)


Apresentação/Introdução
Na Pandemia da COVID-19, o ativismo digital se fortalece como meio de reivindicações que relacionam pautas dos movimentos feministas e de mulheres. Assim, criou-se a Rede Brasileira de Mulheres Cientistas. Trata-se de uma rede nacional, interdisciplinar e intersetorial que envolve, hoje, 3.609 cientistas, a fim de organizar conhecimentos e direcioná-los às políticas públicas para mulheres.

Objetivos
Analisar as interações da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas via redes sociais, mídia e tecnologia a fim de alcançar seus objetivos, bem como suas ações divulgadas em portais noticiosos, de abril a setembro/2021, seu primeiro semestre de atuação.

Metodologia
A pesquisa faz uso da Análise do Enquadramento (frame analysis) interpretativa e noticiosa como referencial. Realizou-se uma seleção hermenêutica e holística manual das informações presentes em interações estabelecidas nas redes e mídias sociais da RBMC (Youtube, Instagram, Facebook e Twitter e site) e portais que noticiaram sobre suas ações de abril a setembro/2021 (primeiro semestre de atuação da Rede). Para isso, foram utilizados sites de busca como a palavra-chave principal “Rede Brasileira de Mulheres Cientistas”.

Resultados
Foram registradas 542 publicações. Dessas, 82 não pertencem à RBMC e estão vinculadas a 67 fontes distintas. Apesar da alta concentração nas plataformas da RBMC, estão inclusos eventos com parceiros, convidados e divulgação de outras iniciativas. Identificou-se 05 quadros (frames): Movimento e Articulação: modus operandi da Rede; Saúde e Pandemia: orientações e papel do governo; Ciência e Educação: fundamento para vida em diversos níveis, tempos e espaços; Política Pública, Estado e Direito: desigualdade estrutural, ausência de políticas, desmonte estatal e negação de direitos; Gênero, Desigualdade e Vulnerabilidade: intersecional, parte da sociedade, o agravo na Pandemia e impacto futuro.

Conclusões/Considerações
Os quadros identificados constituem a comunicação estabelecida e são constituídos pelas interações e temáticas presentes nos recortes analisados, revelando questões interseccionais que os atravessam. Assim, frente às restrições pandêmicas, a RBMC divulga estudos, produz materiais, debate e fixa parcerias com foco em políticas públicas para mulheres, para dar voz a elas e evidenciar como suas vidas interferem no bem-estar da sociedade.