SA4.2 - A PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA CONSTRUÇÃO DA EQUIDADE E DO CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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40349 - ESTRATÉGIAS DE ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA PARA PROTEÇÃO À VIDA RENATA RIFFEL BITENCOURT - UFRGS, LUCIANE MARIA PILOTTO - UFRGS, JAQUELINE MIOTTO GUARNIERI - UFRGS, ALINE BLAYA MARTINS - UFRGS
Apresentação/Introdução Diante do contexto de pandemia, as comunidades vulnerabilizadas tiveram seus direitos básicos ainda mais violados. A partir disso, estratégias de suporte e colaboração mútua são criadas como um movimento intrínseco à sobrevivência, funcionando como dispositivos de proteção, principalmente das mulheres, que representam grande parcela da população e cuidam de suas famílias, muitas vezes sozinhas.
Objetivos Identificar, analisar e fomentar as iniciativas de organização comunitária/popular para o enfrentamento das necessidades em saúde identificadas nos territórios através de práticas emancipatórias de educação popular em saúde.
Metodologia Estudo qualitativo desenvolvido com metodologia de pesquisa-ação, realizado nos anos de 2021 e 2022. Primeiramente, o diagnóstico local foi feito por meio de três grupos focais em diferentes comunidades da Grande Cruzeiro, em Porto Alegre/RS, com moradores desses territórios. Os grupos tinham de 7 a 10 participantes e foram conduzidos pela pesquisadora seguindo roteiro flexível para estimular a participação. Após os grupos, momentos de ação, avaliação e reflexão foram registrados em Diário de Campo, e tiveram como base o fortalecimento das ações já existentes nos territórios e, quando necessário, a criação de novos movimentos, que buscaram a autonomia e reflexão sobre as realidades locais.
Resultados Na primeira etapa do estudo, durante os grupos focais, foram elencados temas relevantes aos territórios como questões relacionadas à falta de saneamento básico (lixo/água/esgoto/encanamentos), falta de emprego e geração de renda, insegurança alimentar, escolas sem infraestrutura, e dificuldade das comunidades de aderirem aos movimentos para a mudança dessa realidade. Após, continuou-se a aproximação com grupos e organizações, dentre os quais aqueles compostos por mulheres mostraram-se espaços de apoio e de solidariedade. Usualmente o encontro dessas mulheres traçava caminhos que levavam à costura e à comida, com aprendizado mútuo e troca de receitas que iam desde colchas até pães e bolos.
Conclusões/Considerações Apesar das dificuldades encontradas no contexto em que essas mulheres estão inseridas, incluindo as adversidades internas aos grupos, esses dispositivos oportunizaram, além de acolhimento e afeto, a instrumentalização para geração de renda e autonomia. Ademais, enquanto estavam unidas descobriram-se potentes pensadoras e disseminadoras de ideias, conjecturando por onde prosseguir a transformação do seu entorno.
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