SA4.1 - PARTICIPAÇÃO, CONTROLE SOCIAL E EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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44091 - A EXPERIÊNCIA DO COLETIVO SONHAÇÃO A PARTIR DA INVESTIGAÇÃO TEMÁTICA NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL E EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE MARIA SILVA - UFPE, BÁRBARA KATIENE MAGNO GAIÃO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE JABOATÃO DOS GUARARAPES, JAILSON SANTOS - MOVIMENTO NACIONAL DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA, JETRO LEITE - COLETIVO LIBERTANDO SUBJETIVIDADES, JOSÉ NILTON MONTEIRO - MOVIMENTO NACIONAL DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA, JULIANA FIGUEIREDO SOBEL - FACULDADE DE MEDICINA DE OLINDA, MÁRCIO MUNIZ - MOVIMENTO NACIONAL DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA MOVIMENTO NACIONAL DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA, NIVALDO VASCONCELOS - COLETIVO LIBERTANDO SUBJETIVIDADES, PAULETTE CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE - FIOCRUZ/ UPE, SHIRLEY ALVES DOS SANTOS - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO
Período de Realização A experiência foi realizada entre os meses de setembro de 2019 e janeiro de 2020, em Recife/ PE.
Objeto da experiência A pedagogia Paulo Freire e suas contribuições para processo de reabilitação psicossocial na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
Objetivos Relatar a experiência do Coletivo Sonhação em uma vivência de pesquisa-participante e investigação temática no campo da saúde mental, especificamente na discussão acerca da reabilitação psicossocial e educação popular em saúde.
Metodologia Foi realizada a partir da pesquisa-participante, da investigação temática e faz parte do percurso metodológico da dissertação intitulada “Do sonho à ação, da reabilitação à autonomia psicossocial: uma análise teórico-metodológica à luz de Paulo Freire” (SOBEL, 2020). O Coletivo Sonhação surgiu durante a pesquisa citada, é composto por usuários/as e trabalhadoras da RAPS e realizou 10 encontros para refletir sobre a reabilitação psicossocial e suas interfaces com a educação popular em saúde.
Resultados A experiência possibilitou que o Coletivo Sonhação utilizasse diversos recursos (mosaico, tarjeta com falas significativas, produções artísticas, dicionário Sonhação e a trama conceitual), para problematizar a noção de reabilitação psicossocial, tendo o suporte da pesquisa-participante, da investigação temática, da educação popular, do pensamento de Paulo Freire, da discussão de reabilitação e da autonomia, articulando-as na construção do cuidado em saúde mental e da luta antimanicomial.
Análise Crítica Compreendemos que o cuidado no campo da saúde mental pode acontecer através de uma mão dupla entre usuários/as e trabalhadores/as. E no processo de leitura da realidade constatamos a potência do diálogo e da troca de saberes, culminando com a construção e legitimação coletiva de um novo termo que conduz nossas ações no campo da saúde mental e que representa nossos pensamentos e experiências, passando do termo Reabilitação Psicossocial para Autonomia Psicossocial à luz da teoria de Paulo Freire.
Conclusões e/ou Recomendações Experienciar a investigação temática nos encontros foi um processo gerador de conhecimento e de novas possibilidades de ações que nos levou para o caminho do reconhecimento e da construção do Coletivo Sonhação. Assim, acreditamos na potência da articulação entre o campo da saúde mental e da educação popular em saúde na construção de inéditos-viáveis em tempos de retrocessos e barbárie.
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