Sessão Assíncrona


SA4.1 - PARTICIPAÇÃO, CONTROLE SOCIAL E EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

43152 - EDUCAÇÃO POPULAR E CIDADANIA: FORMAÇÃO DE NOVOS SUJEITOS POLÍTICOS EM SAÚDE
BRUNO PAPP GERALDI - UFMG, ANA CAROLINE DOS SANTOS FERREIRA - UFMG, ISABELA RODRIGUES PEGO DE ALMEIDA - UFMG, KARINA PEREIRA DE ARAÚJO - UFMG, RODRIGO LOPES DA SILVA - UFMG, ELIS MINA SERAYA BORDE - UFMG


Período de Realização
A atividade foi planejada de setembro a dezembro de 2020 e executada ao longo de dezembro de 2020.

Objeto da experiência
Ação de educação popular em saúde, realizada por ligantes da Liga de Saúde Coletiva da UFMG, com estudantes do ensino fundamental de Belo Horizonte.

Objetivos
Dialogar sobre princípios, organização e potencialidades do Sistema Único de Saúde, propondo reflexões sobre o direito universal à saúde e sobre o cenário da saúde pública no Brasil. Através disso, explorar a educação popular enquanto ferramenta para formação de novos sujeitos políticos em saúde.

Metodologia
A atividade foi construída a partir de questionamentos prévios do público-alvo acerca do Sistema Único de Saúde (SUS), que estruturaram três eixos: Direito à Saúde, Financiamento do SUS e Privatização da Saúde. Em encontros virtuais, perguntas provocadoras convidaram os alunos a compartilharem suas reflexões e contribuírem ativamente na construção do conhecimento. O diálogo foi complementado pelos ligantes através de falas e recursos audiovisuais, embasados na literatura sobre o tema.

Resultados
A ação fez uso da metodologia freireana de educação popular, valorizando a horizontalidade do diálogo e o protagonismo dos alunos envolvidos. Explorou experiências e percepções pessoais dos participantes e abordou aspectos teóricos sobre o SUS: princípios, organização, atribuições, financiamento e ameaças. Prezou pela análise crítica da sociedade brasileira, introduziu o conceito de determinação social da saúde e reivindicou a defesa da saúde enquanto um direito universal.

Análise Crítica
As discussões despertaram a consciência coletiva acerca do direito universal à saúde e desconstruíram preconceitos sobre o SUS. O contraste entre a realidade brasileira e as experiências privilegiadas do público-alvo permitiu a análise crítica de nossa estrutura social e das ameaças à universalização do acesso à saúde. Assim, os participantes foram convidados a usufruírem dos seus espaços de privilégio enquanto interlocutores na luta por um projeto democrático e popular de saúde.

Conclusões e/ou Recomendações
A experiência demonstra os potenciais da educação popular para a legitimação do SUS e formação de novos sujeitos políticos em saúde. Considerando seu público-alvo, reflete ainda sobre a possibilidade de se extrapolar as metodologias freireanas para os diálogos com grupos em posições de privilégio, dada a urgência em se estabelecerem novas alianças estratégicas na luta em defesa do SUS e do direito universal à saúde.